Derrotado no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o deputado estadual Bruno Engler (PL) analisou sem surpresas a transferência de votos dos candidatos da esquerda derrotados na primeira votação para seu rival Fuad Noman (PSD). O parlamentar falou brevemente em seu comitê de campanha no Barreiro neste domingo (27/10).

 

Em entrevista coletiva logo após a divulgação do resultado das urnas, o parlamentar bolsonarista também lamentou não ter conseguido firmar alianças com seu colega de Assembleia, Mauro Tramonte (Republicanos) e o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB). Eles foram o terceiro e quarto colocados no primeiro turno, respectivamente.

 




“Eu tive 100 mil votos a mais no primeiro turno, mas automaticamente os votos do PT e de Duda Salabert (PDT) iriam para o Fuad. Então, a gente já começou o segundo turno atrás. Isso era uma realidade. A gente estendeu a mão, tentou construir com o Gabriel e com o Mauro, mas por motivos políticos eles não quiseram vir. É direito deles, cada um pode escolher quem apoiar ou não. Infelizmente a gente não conseguiu promover a mudança que a gente queria em BH”, disse Engler.

 

Engler terminou o primeiro turno com cerca de 436 mil votos contra 336 mil de Fuad. Entre as duas idas dos belo-horizontinos às urnas, o atual prefeito dobrou seus números e terminou o pleito definitivo com uma vantagem de quase cem mil votos sobre seu opositor. O pessedista teve 53,73% dos votos válidos neste domingo, o que corresponde à aposta de 670. 574 eleitores no total. Já o bolsonarista teve 46,37% das escolhas, totalizando 577.537 votos.

 

Donos de cerca de 320 mil votos no primeiro turno, Tramonte e Gabriel preferirem se manter neutros no segundo turno. Duda Salabert e Rogério Correia (PT), companheiros de Câmara dos Deputados, ficaram na quinta e sexta colocações e somaram mais de 150 mil votos. Os dois nomes progressistas anunciaram apoio a Fuad.

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