BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo realiza nesta quinta-feira (31/10) o leilão da BR-262, no trecho que liga as cidades mineiras de Uberaba e Betim. A concessão da rodovia, conhecida como "Rota do Zebu", recebeu duas propostas de empresas que, até agora, não administram nenhuma concessão de rodovia federal no país.
O banco BTG, que montou uma área só para entrar em concessões, é um dos interessados em administrar o trecho que liga o Triângulo Mineiro à Região Metropolitana de Belo Horizonte. A segunda proposta veio da Kinea, um fundo de investimento que está estreando nas concorrências do setor e que entrou na disputa por meio de uma associação com o Grupo Way Brasil, voltado para construções de rodovias. O prazo para entrar na concorrência venceu nesta segunda-feira (28).
A Rota do Zebu é um trajeto considerado estratégico para a exportação pecuária do país e que faz parte de concessões antigas que estão sendo relicitadas. O novo plano de concessão prevê um total de R$ 8,54 bilhões de investimentos no trecho, sendo R$ 4,39 bilhões em obras de longo prazo e R$ 4,14 bilhões em manutenção e operação da via.
A empresa que assumir o contrato terá de entregar a duplicação de 44,3 quilômetros da rodovia, além da implantação de 169 quilômetros de faixas adicionais e 3,6 quilômetros de vias marginais.
O edital prevê a instalação de um Ponto de Parada e Descanso, 17 passarelas de pedestres, 100 pontos de ônibus e três passagens de fauna. Cerca de 4,4 milhões de pessoas são usuárias diretas da via por ano. O governo estima que mais de 63 mil empregos devem ser gerados entre a Região Metropolitana de Belo Horizonte e a área considerada a porta do Triângulo Mineiro, por efeitos diretos e indiretos das obras.
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Essa é a segunda disputa que atrai a concorrência do BTG no setor. O banco de investimento chegou a concorrer no leilão da BR-040, a Rota dos Cristais, mas quem levou a melhor foi o grupo francês Vinci Highways. Já a Kinea está estreando em leilões do setor.
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Internamente, o governo celebrou o interesse na Rota do Zebu, trecho que passou a ser administrado pela Concessionária das Rodovias Centrais (Concebra) em janeiro de 2014, mas que acabou não tendo seus compromissos cumpridos. O acordo foi encerrado, com a extinção amigável do contrato de concessão originário e a renúncia de participação em novo leilão.