Bolsonaro, mais uma vez, fez acusações sem apresentar provas  -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Bolsonaro, mais uma vez, fez acusações sem apresentar provas

crédito: Ed Alves/CB/DA.Press

Questionado sobre a possibilidade de ser indiciado na operação da Polícia Federal (PF) que investiga os atos de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou o processo como mais uma perseguição contra ele. Bolsonaro também mencionou outras polêmicas, como o caso da baleia, em que foi acusado de perturbar uma jubarte, e o episódio do cartão de vacina, no qual é suspeito de falsificar sua vacinação contra a COVID-19.

 

 

"É só perseguição, sinto isso o tempo todo: baleia, leite condensado, cartão de vacina, golpe usando a Constituição. Dar golpe é a coisa mais fácil, pega uns malucos… mas, e no dia seguinte? Nunca joguei fora das quatro linhas. Não tenho medo de julgamento, minha preocupação é quem vai me julgar", disse o ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (1º/11).

 

 

O ex-presidente também teceu críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que nas últimas eleições os políticos do PL foram constantemente perseguidos "com aquelas buscas e apreensões". "Nas últimas eleições, nós do PL enfrentamos a máquina estadual, a municipal e o Alexandre de Moraes, com aquelas buscas e apreensões", declarou.

 

Para o ex-presidente, Moraes interveio na disputa eleitoral dele, Bolsonaro, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições de 2022. Bolsonaro não apresentou nenhuma prova sobre a acusação.

 

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"Ele interveio na minha eleição. Quando inventou o inquérito dos empresários golpistas, inibiu uma gama de gente que estava do meu lado. Agora, no caso da derrubada do X, perdi contato com milhões de pessoas. É a rede mais democrática que nós temos. Eles não querem censurar fake news nem barrar desinformação, querem censurar a verdade. A turma que está lá com o Moraes, como o pessoal da PF, são pessoas que trabalham atendendo ao desejo dele", disse.


Bolsonaro ainda disse que um "impeachment" não é o ideal, mas que é preciso "ter equilíbrio entre os poderes". "O Judiciário foi jogado na vala do partidarismo", completou.