Principais demandas das prefeituras foram sobre saúde e transporte coletivo na região -  (crédito: Marcos Evangelista/Secom MG)

Principais demandas das prefeituras foram sobre saúde e transporte coletivo na região

crédito: Marcos Evangelista/Secom MG

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), recebeu prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (7/11), para debater as principais demandas dos administradores municipais. Na condição de governador em exercício, uma vez que Zema está em agendas no exterior, Simões ouviu os pleitos para as áreas da saúde e mobilidade urbana.

 

O encontro articulado pelo deputado estadual João Victor Xavier (Cidadania) contou com as presenças da prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), do prefeito eleito em Santa Luzia, Paulo Bigodinho (Avante) e de representantes de Lagoa Santa, Betim e Nova Lima.

 

 

Segundo Marília, as duas demandas são prioritárias para as cidades do entorno da capital mineira. Em Contagem, a petista destacou que 70% do transporte coletivo é de responsabilidade do Estado, enquanto, na saúde, ela ressalta a demora nos atendimentos de alta e média complexidade, que hoje são feitos em Belo Horizonte, em especial cirurgias cardíacas e exames de cateterismo.

 

“Isso gera um transtorno muito grande, porque a gente fica com o paciente internado nove ou 12 dias aguardando um exame. Isso precisa mudar, e só vai mudar se houver essa união entre estado e municípios para melhorar a realidade da saúde e do transporte coletivo”, disse Marília Campos.

 

Simões, por outro lado, destacou que, no problema da saúde, não cabem muitas ações do governo do Estado e defende que a melhor solução seria a formação de um consórcio entre as cidades. O modelo já existe no interior do estado e funciona para integrar os sistemas de saúde e evitar transtornos entre as administrações.

 

Segundo o governador em exercício, os municípios apontam para uma injustiça na regulação de Belo Horizonte para a saúde, o que estaria prejudicando o atendimento aos cidadãos do entorno, mesmo com as cidades pagando o serviço para a capital mineira.

 

 

“Em municípios organizados em consórcios que funcionam bem em termos de gestão compartilhada, não temos problemas. Aaqueles que dependem de outros municípios com os quais eles não se relacionam na gestão estão passando raiva. (...) É uma construção para a gente fazer de sensibilização dos prefeitos para que eles formem grupos para administrar e tomar decisões, diminuindo a dependência da vontade do município grande de atender o município pequeno”, destacou.

 

Sobre o transporte na Grande BH, Simões também defendeu uma conversa coletiva, mas que depende da participação da capital para encontrar soluções. Segundo ele, os problemas de tempo de deslocamento, integração e valor de tarifa são “insuperáveis” sem a conversa com a Prefeitura de BH.


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“Precisamos convencer Belo Horizonte a ter essa conversa conosco. Estou na expectativa de que no segundo governo Fuad (Noman, PSD), mais distante do governo Kalil, ele tenha uma condição melhor de interação dentro da região. BH tem a oportunidade com esse perfil mais agregador do Fuad, esse perfil mais ameno, de ocupar a liderança que foi se perdendo. Belo Horizonte foi se lançando em uma relação ‘adversarial’ com o entorno, e isso não é culpa do último governo, isso já tem duas décadas”, explicou Simões.