Acusações e guerra de dossiês marcam as disputas pelo comando da Ordem dos Advogados do Brasil em, pelo menos, três seccionais importantes. Em São Paulo, as acusações de violência doméstica contra o candidato a presidente Leonardo Sica voltaram à tona. O caso já havia sido levantado na eleição passada, quando Sica era vice da candidata vitoriosa, Patricia Vanzolini, que decidiu não tentar a reeleição. Sica, que rejeita as acusações e diz tratar-se de uma questão superada, é sobrinho do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Sem cotas
Filiada à Associação Brasileira de Juristas Conservadores, a vice-presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio, disputa a presidência da seccional fluminense. Ela foi alvo de um pedido de impugnação por supostamente não cumprir as cotas de candidatos pretos e pardos na campanha. A contestação partiu da campanha de Marcello Oliveira, que também disputa o cargo. A candidata nega a irregularidade. Rompimentos não declarados da chapa da situação também aquecem a disputa.
Muitos aliados
Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou apoio à candidatura de Cleber Lopes. O próprio Ibaneis já foi presidente da OAB local. Mesmo com o apoio declarado a um dos candidatos, o emedebista não joga com uma pedra só. Outros dois candidatos são ligados a ele: Everardo Gueiros foi secretário e Karol Guimarães, subsecretária do governo.
Conversa gravada
Um momento curioso de Lopes foi o rompimento com Cris Damasceno, antiga aliada que virou adversária. Ele gravou a conversa em que os dois decidiram tomar rumos diferentes e disse que ela consentiu com a gravação. O teor do diálogo gravado não foi revelado.