O empresário e ex-candidato a Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pelo crime de uso de documento falso, relacionado à divulgação de um laudo forjado contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL) durante a reta final da eleição na capital paulista.
Em nota, Marçal questionou a “velocidade” da investigação, sugerindo que processos semelhantes envolvendo figuras da esquerda não são tratados com tanta agilidade.
“É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápida. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa”, afirmou Marçal.
O empresário fez referência ao curto período entre o evento investigado e o indiciamento, ocorrido em 34 dias. Segundo ele, o fato de a investigação ter sido concluída de forma tão rápida é um “verdadeiro recorde”, o que leva Marçal a acreditar que, em um tempo ainda menor, será declarado inocente.
“Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes. Sigo acreditando na justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!”, concluiu Marçal na nota.
O caso
O indiciamento de Pablo Marçal está relacionado à divulgação de um laudo falso no dia 4 de outubro, dois dias antes do primeiro turno das eleições municipais em São Paulo. Na data, Marçal publicou nas redes sociais um documento que associava o adversário Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. A PF começou a investigar o caso no dia seguinte, 5 de outubro, ainda na véspera das eleições.
O laudo, que havia sido assinado pelo hematologista José Roberto de Souza, foi falsificado. O médico, que faleceu em 2022 devido à Covid-19, já não atuava mais na medicina em 2021, ano em que o laudo foi supostamente emitido, devido a problemas de saúde. Após perícia técnica, a PF, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, confirmou que a assinatura no documento era falsa.
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Marçal usou o laudo forjado na tentativa de desacreditar Boulos, que na época também concorria à prefeitura de São Paulo, com uma alegação de envolvimento com cocaína.
Agora indiciado, o empresário reafirma sua inocência e segue com sua defesa.