Juhlia Santos participou do EM Entrevista nesta terça-feira (12/11). Ao longo do dia, o em.com.br publicará os destaques da conversa -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Juhlia Santos participou do EM Entrevista nesta terça-feira (12/11). Ao longo do dia, o em.com.br publicará os destaques da conversa

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press


A vereadora eleita Juhlia Santos (PSOL) comentou sobre a possível eleição de Juliano Lopes (Podemos) para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte, até agora o único nome colocado para o cargo. Aliado de Marcelo Aro, Lopes tem buscado apoio entre os vereadores progressistas para garantir a maioria dos votos. Para Juhlia, no entanto, a disputa ainda está em aberto: "A mesa não está dada" e "ainda tem muita água para rolar", afirmou.

 

 

 

Eleita com mais de 6 mil votos, ela esteve no EM Entrevista, onde conversou com jornalistas sobre o meio ambiente, pautas LGBTIA+, carnaval e também sobre a questão da mesa diretora.

 

 

Sobre a articulação que, neste momento, movimenta os bastidores da Câmara, Juhlia afirmou que "está tudo muito recente, está tudo muito efervescente também, as discussões, os diálogos".

 

"Estamos em conversa. Estou chegando agora, somando a essa bancada que já conta com pessoas reeleitas, que têm expertise e qualificação. Estamos em diálogo, com certeza. A gente vai entender o melhor caminho. O ideal, no melhor dos mundos, seria que tivéssemos uma mesa com ampla representatividade, um amplo espaço de diálogo, para que pudéssemos construir de uma forma mais possível, dialogando com várias forças, tanto com a direita quanto com a esquerda e com o centro. Mas estamos aí nesse processo."

 

A vereadora ainda afirmou que entende as construções, mas achou "precipitado" o vídeo divulgado por Juliano e Aro, onde 23 vereadores demonstram apoio à chapa. Nas imagens, vereadores considerados de esquerda, como Branco (PCdoB) e Wagner Ferreira (PV), aparecem ao lado da bancada do PL. "Entendo que muita coisa ainda pode ser dialogada. Muita coisa ainda vai acontecer."

 

 

Questionada se estava disposta a dialogar com o PL, a vereadora anti-bolsonarista afirmou que tem "dificuldade" nesse sentido. "Olha, precisa de muito diálogo, porque partimos de lugares muito distintos. E construir, como eu disse, com essas pessoas cujas pautas prioritárias retiram direitos, retiram humanidades... é muito difícil. Eu, Juhlia, enquanto parte da bancada, tenho muita dificuldade em construir com essas pessoas que não levam em consideração os meus pares, as pessoas iguais a mim."

 

"Então, vai ter que ter muito diálogo. A gente vai ter que dialogar bastante. Eu achei precipitado, como disse, esse aceno, talvez. Mas, como o nosso prefeito já afirmou, ele não vai interferir. Vai deixar que a casa se dialogue, que a casa entenda quais são os melhores caminhos e estratégias. Então, eu estou bem confiante. Vamos com cautela, vamos pisar com cuidado nesse território."

 

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A vereadora ainda brincou com o assunto: "Eu venho muito desse lugar, não da desconfiança, mas desse lugar, primeiro, de muita segurança sobre quem eu sou, de onde eu venho, quais são os meus compromissos, quais são as minhas pautas inegociáveis. Então, tudo isso a gente vai levar em consideração para compor ou contrapor. Essa bancada não está dada. Tivemos um aceno de uma maioria até então, mas isso também não está posto."

 

Juhlia Santos participou do EM Entrevista nesta terça-feira (12/11). Ao longo do dia, o em.com.br publicará os destaques da conversa. Amanhã, quarta-feira (13/11), a edição impressa do EM trará a entrevista na íntegra.