O corpo do homem que atirou uma bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e explodiu um carro no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados tinha mais explosivos e um relógio detonador para ativar o artefato. A informação foi confirmada ao Correio Braziliense pelo Major Brooke, chefe da comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
"Estamos nos concentrando em avaliar os explosivos. Durante a varredura foi identificado outros explosivos e um timer (relógio para ativar a bomba). Se for para detonar, provavelmente esse timer será para os explosivos que estão na região do corpo. Ainda não sabemos que tipo de artefatos são. Se necessário, vamos fazer a detonação controlada. Estamos atuando em conjunto com a PF”, disse o Major. A sede do Supremo passa por varredura na madrugada desta quinta-feira (14/11).
Entenda o caso
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
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Vídeos obtidos pelo Correio também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Veja o trabalho da polícia no local:
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.
Veja o relato de uma testemunha: