Chuva e atraso de sessão evitaram que atentado fosse mais grave -  (crédito:  GUSTAVO MORENO)

Chuva e atraso de sessão evitaram que atentado fosse mais grave

crédito: GUSTAVO MORENO

Quem estava dentro do Supremo, a poucos metros do local onde um homem explodiu bombas na noite de quarta-feira, enxerga como coincidência circunstâncias que podem ter evitado que a tentativa de atentado tivesse consequências mais graves. Em especial, a chuva que fez com que as pessoas que participavam da sessão não ficassem reunidas na porta do prédio.

 

 

 

O plenário estava cheio, com dezenas de cadeiras extras. Entre os presentes estavam o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), o procurador-geral de Justiça do estado, Luciano Mattos, e o comandante da PM fluminense, Marcelo Menezes de Nogueira, além de representantes de diversas entidades da sociedade civil e de familiares de vítimas da violência policial.

 

 

Normalmente, as sessões no STF terminam por volta das 18 horas, mas os ministros preferiram ouvir todas as partes interessadas no julgamento no mesmo dia, para não adiar mais o andamento do julgamento de uma ação que envolve a legalidade de operações policiais em comunidades carentes do Rio. A sessão acabou por volta das 19h15, 15 minutos antes das explosões.

 

 

Terminadas as oitivas, as pessoas deixavam o prédio quando o homem tentou alcançar a porta. “A chuva impediu também que as pessoas estivessem naquela porta, que fica na Praça dos Três Poderes conversando. Falamos lá dentro e estávamos saindo direto”, disse um advogado que participou da sessão.

 

 

Quem estava dentro do prédio do Supremo ouviu as duas explosões — aquela que ocorreu bem em frente ao prédio e a do carro deixado no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados. Rapidamente os seguranças isolaram o prédio da corte e orientaram os presentes a deixarem o local pela saída de trás. Funcionários e ministros também foram retirados pelo mesmo caminho.

 

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Na hora seguinte, o prédio e o local onde o carro do homem-bomba explodiu foram isolados. Funcionários de ministérios e do Congresso foram impedidos de retirar os carros da área que foi cercada. Debaixo de chuva, muitos tiveram que seguir a pé.