A suspensão tem como pano de fundo um atrito que vem se agravando entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes (foto), relator no STF do inquérito das milícias digitais..  -  (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

A suspensão tem como pano de fundo um atrito que vem se agravando entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes (foto), relator no STF do inquérito das milícias digitais..

crédito: Carlos Moura/SCO/STF

Alexandre de Moraes condenou o atentado a bomba realizado na Praça dos Três poderes na noite de quarta-feira (13/11) que terminou com a morte do autor do ato terrorista e afirmou que não se trata de um fato isolado. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) discursou durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público na manhã desta quinta-feira (14/11) e comentou o episódio.

 

 

Na noite anterior à fala do magistrado, Francisco Wanderley Luiz atirou bombas na direção da Suprema Corte. Durante um ato, uma explosão o atingiu e o matou. Natural de Santa Catarina, o suspeito era conhecido como Tiü França, ele foi candidato a vereador de Rio do Sul-SC pelo Partido Liberal (PL) em 2020.

 

 

 

“Ontem é uma demonstração de que só é possível a necessária pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos, e vocês que atuam no Ministério Público sabem, que um criminoso anistiado é um criminoso impune”, disse Moraes.

 

 

 

Em mensagens enviadas por Francisco antes do atentado, ele elencou uma lista de alvos de suas ações na qual figurava o nome de Moraes. O magistrado é um dos principais antagonistas do bolsonarismo no país e relator dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, quando em 2023 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram as sedes dos três poderes em Brasília.

 

Desde os atos de 8 de janeiro, Moraes tem expedido penas de prisão para os detidos durante as depredações. A pauta da anistia aos condenados é uma das principais bandeiras do bolsonarismo no Congresso Nacional. Projetos para perdoar as penas são uma das esperanças para estender a anistia à inelegibilidade de Bolsonaro, o permitindo concorrer ao Palácio do Planalto em 2026 à revelia da decisão do Tribunal Superior Eleitoral.