O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deu o primeiro passo para a reabertura da investigação sobre o assassinato da professora Patrícia Simões Mendes Guimarães após reportagem do PlatôBR revelar a história cruel e, ao mesmo tempo, banal do crime, que teria sido obra de Ronnie Lessa (foto), o executor da vereadora Marielle Franco.
A professora foi assassinada a tiros, a poucos metros de sua casa, no Méier, na manhã de 24 de abril de 2007. A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial, da área Méier e da Tijuca, enviou ofício ao Tribunal do Júri da Capital, para que novas provas sejam juntadas ao inquérito com o objetivo de provocar a Justiça estadual sobre a reabertura do caso.
Na segunda-feira, 11, o PlatôBR revelou que as investigações do Caso Marielle lançaram luz sobre o crime, até então não resolvido. “Foi coisa do Lessa”, revelou na carceragem onde se encontra o ex-PM Élcio Queiroz, condenado no último 31 de outubro a 59 anos de prisão por participar da execução de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.
O relato de Élcio Queiroz impressionou pelo motivo banal que fez o pistoleiro Ronnie Lessa apertar o gatilho contra a professora. Ela pagou com a vida pela indiscrição de ter contado à mulher do matador, Elaine Pereira de Figueiredo, que Lessa tinha uma filha fora do casamento.
Patrícia, que era amiga de infância de Eliane, foi atingida por três tiros quando caminhava pela Rua Dias da Cruz, a principal via do Méier, para pegar um ônibus em direção à escola onde trabalhava. Por falta de provas, a Justiça arquivou o caso em 2011, a pedido da 26ª Delegacia Policial e do próprio Ministério Público.