Presidente argentino desembarcou neste domingo (17/11) no Rio de Janeiro (RJ) -  (crédito: G20 Brasil)

Presidente argentino desembarcou neste domingo (17/11) no Rio de Janeiro (RJ)

crédito: G20 Brasil

FOLHAPRESS - O presidente da Argentina, Javier Milei, aterrissou neste domingo (17/11) no Rio de Janeiro para participar da cúpula do G20. Sua chegada se dá em um momento em que a delegação de Buenos Aires busca barrar, a seu mando, uma série de trechos da declaração final do evento que vão de encontro à agenda ideológica de seu governo - documento este que já enfrenta grandes dissensos no que se refere às guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

 

Diferentemente de mais de dez chefes de Estado, Milei não solicitou um encontro privado com o anfitrião da cúpula, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sua agenda para o período, divulgada pela Casa Rosada, prevê encontros com apenas dois chefes de Estado: o chinês Xi Jinping e o indiano Narendra Modi. As demais reuniões são com dirigentes de instituições financeiras, como Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional).

 

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É conhecida a intempestividade de Milei em viagens, em especial a países em que não se alinha ao governo ideologicamente. Lula já inclusive testemunhou essa face da personalidade do argentino, que em julho preferiu reunir-se com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se encontrar com o petista naquela que foi sua primeira viagem ao Brasil como chefe da Casa Rosada.

 

 

 

Milei chegou ao seu hotel, o Othon, em Copacabana, por volta das 18h30. Entrou rapidamente no lobby e não falou com a imprensa. Foi seguido por seu ministro da Economia, Luis Caputo - o sherpa argentino (como é chamado o representante diplomático que lidera a delegação do país nas reuniões sobre a declaração final), Federico Pineda, aguardava-o no interior do hotel.

 

 

A vinda de Milei não atraiu muitos curiosos. Aguardava a sua chegada apenas uma família composta por pai, filho e avó. Questionados sobre seu interesse no líder ultraliberal, disseram que admiravam as suas políticas econômicas e que elas davam esperança de uma melhoria na economia depois de 20 anos consecutivos de crise.