Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Rússia Vladimir Putin terem uma boa relação, o russo se recusou a comparecer à Cúpula do G20, sediada no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (18/11), líderes de governo de todo o mundo subiram a rampa do Museu do Amanhã para encontrar o presidente Lula - e, representando Putin, estava o ministro das relações exteriores do país, Sergey Lavrov. Isso porque, caso o presidente russo venha ao Brasil, ele poderia ser preso.
Putin tem um mandato de prisão em aberto por crimes de guerra, emitido no ano passado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia. Na Rússia, a medida não tem validade jurídica, uma vez que o país não é signatário da Corte.
O Brasil, no entanto, é signatário, dessa forma, teria a obrigação de prender o presidente russo. Além disso, a Ucrânia pediu a Lula que prendesse Vladimir Putin caso ele viesse à reunião do G20.
Tensões com a Ucrânia
Joe Biden, presente no evento, autorizou nesse domingo (17/11) que mísseis de longo alcance fornecidos para a Ucrânia sejam usados para ataques dentro da Rússia, segundo agências internacionais de notícias.
A permissão, dada pela primeira vez desde o início do conflito, aconteceu horas depois de um ataque russo no noroeste da Ucrânia que matou ao menos sete pessoas e danificou severamente a rede elétrica.
A flexibilização das restrições americanas permitem que Kiev use o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, ou ATACMS na sigla em inglês. O míssil tem alcance de até 300 km, conforme informações disponibilizadas pela fabricante norte-americana Lockheed Martin.
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No total, 55 líderes se reúnem com Lula para formalizar um acordo sobre os temas debatidos no G20, com destaque para governaça global, fome e mudanças climáticas.