SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma montagem produzida pela Folha de S.Paulo que reúne várias fotografias e evidencia o encontro frio e formal entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o seu homólogo da Argentina, Javier Milei, viralizou nesta segunda-feira (18) nas redes sociais.
A foto de Lula e Milei, que aparecem com semblante sério, está no centro da montagem e contrasta com as outras imagens nas quais o presidente brasileiro sorri ao lado de outros líderes globais.
O encontro entre Lula e Milei foi seco. Não houve descontração como com outros líderes, incluindo conservadores, caso da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
Durante a cúpula do G20, a delegação argentina manifestou divergências em relação a temas como gênero, taxação de bilionários e agenda 2030.
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Depois de dificultar as negociações diplomáticas na cúpula do G20, a Argentina do ultraliberal Javier Milei recuou no mesmo dia de posições que ameaçavam entravar os trabalhos do bloco no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (18).
o lula de rita cadillac na foto com o milei pic.twitter.com/EvF9vwibjL
— nena (@vnenav) November 18, 2024
Milei é o primo chato que você tem que tirar foto no Natal.
— Lázaro Rosa ???????? (@lazarorosa25) November 18, 2024
LULA LÍDER MUNDIAL pic.twitter.com/HqwvtYBnui
Primeiro, Buenos Aires mudou de ideia a respeito de sua oposição a trechos do documento final da cúpula que tratavam de igualdade de gênero e taxação dos super-ricos. O texto acordado pelos países do G20 apoia "o comprometimento total com igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas". No parágrafo sobre taxação, a declaração se compromete a se engajar de forma produtiva para garantir que indivíduos com patrimônio ultra elevado sejam tributados de forma efetiva.
Depois, a delegação argentina também cedeu e aceitou fazer parte da Aliança Global Contra a Fome a Pobreza proposta pelo presidente Lula. O país teria sido o único a ficar de fora da iniciativa.
Para justificar as divergências, a Presidência argentina disse em nota que, "sem bloquear a declaração dos demais líderes", discordava "da noção de uma maior intervenção estatal é uma forma de lutar contra a fome".
"Cada vez que se tentou combater a fome e a pobreza com medidas que aumentam a presença do Estado na economia o resultado foi o êxodo tanto da população como do capital, além de milhões de mortes de vidas humanas", disse o texto, na linguagem típica da atual administração argentina.
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A Argentina tem 13% de sua população em situação de insegurança alimentar severa (leia-se, fome), segundo dados de 2022 da ONU. Com a queda do consumo, analistas projetam que esse dado crescerá em 2024. Já a pobreza, mostram dados do instituto de estatística local, atinge 52% da população argentina.