As investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano de militares bolsonaristas para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostram que ao menos uma parte da estratégia chegou a ser colocada em prática.
A PF deflagrou na manhã desta terça-feira uma operação para prender suspeitos de envolvimento no plano, que o grupo havia batizado de “Punhal Verde Amarelo”. Os alvos são os chamados “kids pretos”, apelido dos militares das forças especiais do Exército.
Um dos investigados é o general da reserva Mário Fernandes, que ocupou posto de número dois na Secretaria Geral da Presidência da República durante a gestão de Bolsonaro — a certa altura do governo, ele chegou a ocupar interinamente o posto de ministro. Um agente da própria PF está entre os detidos.
Plano por escrito
O plano, segundo a PF, chegou a ser detalhado por escrito. Seria executado antes da posse de Lula e Alckmin. Alexandre de Moraes seria preso e morto em 15 de dezembro. A estratégia foi descoberta no curso das investigações que apuram se houve uma tentativa de golpe de Estado durante a troca de governo.
No caso de Alexandre de Moraes, havia mais detalhes de como a prisão e a execução ocorreriam e ao menos a parte inicial do plano chegou a ser colocada em prática pelos envolvidos, de acordo com fontes a par do caso.