Dados das delações de Mauro Cid estão servindo a outras apurações, que se cruzam com a da venda das joias -  (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

Dados das delações de Mauro Cid estão servindo a outras apurações, que se cruzam com a da venda das joias

crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (19/11), em Brasília, de acordo com fontes ouvidas na corporação pela reportagem. Os investigadores querem saber se ele mentiu e descumpriu termos do acordo de delação premiada.

 

A Polícia Federal identificou um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, a partir de mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid. Com base nas diligências, foi deflagrada a Operação Contragolpe.

 

 

Equipes policiais estão nas ruas nesta terça-feira para cumprir cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 de medidas cautelares expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. O atentado contra as autoridades citadas ocorreria por meio das Forças Especiais do Exército, os chamados Kids Pretos — batalhão no qual Cid fazia parte — no dia 15 de dezembro.

 

 

Entre os presos nesta terça-feira está o general Mário Fernandes, militar reformado e assessor de Eduardo Pazzuelo. Também foram presos Helio Ferreira Lima, Mário Fernandes, militar reformado e assessor de Eduardo Pazzuelo e o major Rafael Martins de Oliveira. O policial federal Wladimir Matos também está entre os alvos de mandado de prisão. A reportagem tenta contato com os acusados e suas defesas.

 

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Com base no depoimento, a PF vai avaliar se mantém ou não a delação de Cid. Se ocorrer o cancelamento, as provas poderão ser usadas, mas ele perde benefícios como redução de pena.

 

 

Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, onde fica a sede das Forças Especiais, em Brasília, no Rio de Janeiro e no Amazonas. O Exército acompanha as diligências. No Rio, os alvos são militares que estariam atuando na segurança de líderes mundiais que participam da Cúpula do G20.