A vereadora eleita Luiza Dulci (PT) disse que a bancada de esquerda na Câmara Municipal de Belo Horizonte votará de forma independente na próxima eleição para a mesa diretora. Em entrevista ao Estado de Minas e Portal UAI, nesta terça-feira (19/11), a economista afirmou que seu grupo não vai esperar um posicionamento do prefeito Fuad Noman (PSD) para decidir sobre suas prioridades para a Câmara.
Dulci lembra que a representatividade da esquerda cresceu nas últimas eleições, saltando de cinco vereadores para nove. “Somos um conjunto de vereadores expressivo que vai fazer a diferença na eleição da mesa. Agora a cidade vota a reforma administrativa, a prefeitura está esperando essa votação para se posicionar, mas não vamos esperar a prefeitura para colocar nossas prioridades”, disse.
Segundo a vereadora eleita, a esquerda tem dialogado com os campos interessados no comando e disse que é difícil compatibilizar os interesses da bancada com os representantes do Partido Liberal (PL). “Temos projetos opostos. Não é uma questão só da sigla, mas é o que a sigla representa”, completou.
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O grupo de correligionários do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) possui seis vereadores, mesmo número que a federação Brasil da Esperança, composto por PT, PV e PCdoB.
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No momento, a eleição para a mesa diretora possui apenas um candidato, o vereador Juliano Lopes (Podemos), nome do grupo conhecido como Família Aro - deputados e vereadores ligados ao secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP).
A prefeitura, que, nas eleições tende a lançar um vereador para a presidência da Câmara, ainda não se manifestou sobre o assunto. Publicamente, o prefeito Fuad Noman (PSD) disse que não vai se envolver com a disputa.