Em 8 de janeiro de 2023, milhares de manifestantes, instigados por discursos de ódio e desinformação, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF em um dos episódios mais sombrios da história recente do Brasil. -  (crédito: Divulgação/Agencia Brasil)

Em 8 de janeiro de 2023, milhares de manifestantes, instigados por discursos de ódio e desinformação, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF em um dos episódios mais sombrios da história recente do Brasil.

crédito: Divulgação/Agencia Brasil

A Polícia Federal decidiu indiciar 37 pessoas por participação em uma tentativa de golpe de Estado e por integrar uma organização criminosa. As informações foram obtidas pelo Correio Braziliense junto a fontes na corporação. O relatório final do inquérito que investiga os atentados de 8 de janeiro e articulação de um plano golpista deve ser entregue hoje no Supremo Tribunal Federal (STF). Veja a lista completa no fim da matéria.

 

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Entre os indiciados, devem estar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e Augusto Heleno, de acordo com autoridades ligadas ao caso. O relatório detalha como atuou uma organização criminosa para tentar impedir que o resultado das eleições fosse oficializado.

 

 

De acordo com a corporação, em 2022, foi colocado em prática um minucioso planejamento para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin. Também foram planejados ataques contra ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com informações apresentadas no documento, Bolsonaro sabia do planejamento para tentar tomar o poder e chegou a editar uma minuta golpista que seria decretada para dar aparente legalidade aos atos inconstitucionais.

 

 

A PF afirma que ele também sabia do plano para tentar matar o presidente Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. A corporação aponta o envolvimento de militares do alto escalão do Exército no plano golpista. A partir das informações que serão enviadas ao gabinete de Moraes, o magistrado deve pedir manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe ao órgão apresentar denúncia contra os acusados, se entender que os fatos narrados representam crime.

 

Eles são acusados de:

  • Golpe de estado: 4 a 12 anos de prisão;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;
  • Integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.


Indiciados pela Polícia Federal

 

AILTON GONÇALVES MORAES BARROS


ALEXANDRE CASTILHO BITENCOURT DA SILVA


ALEXANDRE RODRIGUES RAMAGEM


ALMIR GARNIER SANTOS


AMAURI FERES SAAD


ANDERSON GUSTAVO TORRES


ANDERSON LIMA DE MOURA


ANGELO MARTINS DENICOLI


AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA


BERNARDO ROMAO CORREA NETTO


CARLOS CESAR MORETZSOHN ROCHA


CARLOS GIOVANI DELEVATI PASINI


CLEVERSON NEY MAGALHÃES


ESTEVAM CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA


FABRÍCIO MOREIRA DE BASTOS


FILIPE GARCIA MARTINS


FERNANDO CERIMEDO


GIANCARLO GOMES RODRIGUES


GUILHERME MARQUES DE ALMEIDA


HÉLIO FERREIRA LIMA


JAIR MESSIAS BOLSONARO


JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA E SILVA


LAERCIO VERGILIO


MARCELO BORMEVET


MARCELO COSTA CÂMARA


MARIO FERNANDES


MAURO CESAR BARBOSA CID


NILTON DINIZ RODRIGUES


PAULO RENATO DE OLIVEIRA FIGUEIREDO FILHO


PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA


RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA


RONALD FERREIRA DE ARAUJO JUNIOR


SERGIO RICARDO CAVALIERE DE MEDEIROS


TÉRCIO ARNAUD TOMAZ


VALDEMAR COSTA NETO


WALTER SOUZA BRAGA NETTO


WLADIMIR MATOS SOARES