Correio Braziliense
O ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), o general Walter Braga Netto comentou, neste sábado (23/11), seu indiciamento na Polícia Federal feito durante a semana. Secretário Nacional de Relações Institucionais do PL, o general afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.
“Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”, escreveu Braga Netto no X, antigo Twitter.
A mensagem veio acompanhada de uma nota da defesa do general, em que ele nega a trama golpista.
"Durante o governo passado [Braga Netto] foi um dos pouco, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao Presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022, e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis", escreveu a defesa.
Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal na quinta-feira (21/11), por ter supostamente atuado em um plano que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas também foram indiciadas.
O relatório da PF aponta que esses nomes são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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Segundo o indiciamento, ocorreu uma reunião na casa de Braga Netto em que foi discutido um plano para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também afirmou que Braga Netto participou da reunião de 12 de novembro de 2022 com militares para discutir um plano para impedir a posse de Lula.