Eduardo Costa lidera ranking de artistas que mais lucraram com shows em Minas Gerais -  (crédito: Redes sociais/Reprodução)

Eduardo Costa lidera ranking de artistas que mais lucraram com shows em Minas Gerais

crédito: Redes sociais/Reprodução

Os gastos com contratação de shows em municípios mineiros chamam atenção do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). De acordo com dados divulgados pela Corte nesta quarta-feira (27/11), o município de Itabirito, na Região Central do estado, lidera a lista das cidades que mais empenharam recursos em eventos do tipo. As despesas chegam a R$ 11,3 milhões em quase cinco anos, entre o início de 2020 e 7 de novembro deste ano. O cantor Eduardo Costa é o artista que mais faturou com apresentações nas prefeituras mineiras no mesmo período: fez 65 shows e embolsou cerca de R$ 19 milhões. 


 

Apenas em 2024, o cantor sertanejo percorreu 28 municípios no estado. Em Monsenhor Paulo, no Sul de Minas Gerais, cidade com pouco mais de oito mil habitantes, o cantor cobrou R$ 400 mil pela apresentação. Já em Oratórios, na Zona da Mata, que tem cerca de cinco mil habitantes, o artista faturou R$ 280 mil. Esse é um dos fatores que despertou o interesse do TCE para a investigação dos gastos. 

 

 

Cidades com um número maior de habitantes figuram entre as que menos gastaram com shows. Belo Horizonte empenhou R$ 1,8 milhão em atrações com verbas públicas nos últimos quatro anos. O maior gasto foi com a banda Barões da Pisadinha, que cobrou R$ 330 mil pela apresentação durante o Arraial de BH, em agosto do ano passado. 

 


“No âmbito das fiscalizações das despesas públicas, chamou a atenção a expressiva parcela dos orçamentos que está sendo destinada a shows artísticos. Em um primeiro momento, com a publicação do painel, o Tribunal contribui para a transparência desses recursos públicos e possibilita um maior controle para o cidadão que está na ponta. A partir disso, outros desdobramentos poderão surgir, com avaliações tanto da regularidade das contratações, quanto a verificação da qualidade desses gastos”, afirma o diretor de fiscalização integrada e inteligência, Henrique Quites. 

 

 

 

 

Quites explica, no entanto, que não há um teto de gastos estabelecido por lei que estipule o limite de gastos dos municípios com a contratação de shows. “O que será avaliado é a essência do gasto e, a partir daí, medir as políticas. Vamos verificar se os valores estão proporcionais ao que o município necessita”, disse. 

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A Prefeitura de Itabirito foi procurada pela reportagem e ainda não se posicionou. O espaço segue aberto.