O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), fez críticas ao plano de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e questionou os recentes anúncios do governo federal sobre redução de impostos. Em suas redes sociais, nessa quinta-feira (28/11), Simões ironizou as medidas anunciadas, sugerindo que as propostas têm viés eleitoral e são ineficazes para ajustar as contas públicas.
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“Ouvindo a explicação do ministro Haddad hoje, comemorando a redução de impostos. Que redução de impostos? O corte no Imposto de Renda, com a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, coisa que eles prometeram lá em 2022, no ano de eleição, e não fizeram até hoje. Olha a coincidência, também não vão fazer agora, não; a promessa é que eles vão fazer em 2026. E sabe o que tem em 2026? Eleição”, criticou.
Para o vice-governador, há ausência de medidas concretas para reduzir os gastos do governo, enfatizando que houve aumento de tributação em outras áreas, como o “imposto das blusinhas”, referência à tributação de produtos importados de varejistas como Shopee, Shein e Aliexpress.
“Pessoal só pensa em eleição. Agora, cadê o compromisso com a redução dos gastos, das despesas, com cortes de benefícios e privilégios? Isso não, né. Nós não vamos ajustar as contas públicas. Aliás, está falando de corte, a gente está aumentando. E o imposto das ‘blusinhas’? E o imposto de importação? E tudo que está ficando mais caro no Brasil? Alguém aí está sentindo o preço das coisas diminuir? Redução de custo de vida? Brincadeira uma coisa dessa, falta de respeito e até à inteligência com quem está ouvindo a notícia,” completou.
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“Não é momento de comemorar redução de imposto que está sendo prometida de novo, requentada para a próxima eleição. É hora de fazer ajuste fiscal, ministro. Cadê os cortes de benefício e privilégios?”, indagou.
Corte de gastos
O governo detalhou, ontem, o pacote de propostas com o qual pretende reduzir os gastos públicos em até R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. As medidas incluem mudanças no salário mínimo, na aposentadoria de militares, no abono salarial e nas regras para benefícios sociais, além de alteração no Imposto de Renda. O pacote ainda depende do aval do Congresso para entrar em vigor.