O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que para as eleições de 2026 ele é o único nome da direita com chances de ganhar a disputa eleitoral. Bolsonaro, que foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avalia que outros possíveis candidatos, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não têm popularidade nacional suficiente.
"Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu", avaliou o ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (1º/11).
Questionado sobre a possibilidade de reverter a determinação do TSE, o ex-presidente Jair Bolsonaro alegou que sua inelegibilidade "não tem cabimento", ressaltando que pretende disputar as eleições de 2026. "O processo por abuso de poder político foi por ter me reunido com embaixadores antes do período eleitoral. Não ganhei um voto com isso. No caso do poder econômico, subi no carro de som na manifestação do 7 de Setembro e fiquei lá abanando; só depois fiquei sabendo que tudo estava sendo bancado pelo Silas Malafaia", disse Bolsonaro.
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Para o ex-presidente, sua inelegibilidade é injusta. "As alternativas são o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida. Não sou otimista, sou realista, estou preparado para qualquer coisa", emendou.
Bolsonaro inelegível
Por 5 votos a 2, os ministros do TSE decidiram tornar Bolsonaro inelegível. A ação julgada em junho de 2023 foi movida pelo Partido Democrata Trabalhista (PDT), que questionou uma reunião do ex-presidente com embaixadores realizada no dia 18 de julho de 2022, quando era pré-candidato à reeleição.
No encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques, sem provas, ao sistema eleitoral brasileiro e à corte eleitoral, além de fazer uma espécie de “autopromoção”, como destacado pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. A reunião foi transmitida pela TV Brasil, emissora da estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e compartilhada nas redes sociais.
O ato foi entendido como abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para ganhos eleitorais, o que causaria um desequilíbrio nas eleições de 2022.