O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), viajará a Brasília na próxima quinta-feira (7/11) para uma série de compromissos com ministros do governo federal. Entre as pautas, estarão questões estratégicas para a capital mineira, como o futuro do Aeroporto Carlos Prates e intervenções no Anel Rodoviário.

 

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O Estado de Minas entrou em contato com a prefeitura para entender a logística da viagem, a primeira desde a reeleição de Fuad. Segundo a administração municipal, o prefeito está focado em temas de “infraestrutura e mobilidade”.

 

 

Em Brasília, Fuad se reunirá com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dueck, para discutir o destino do Aeroporto Carlos Prates, hoje desativado e aguardando os trâmites finais para cessão definitiva ao município. A PBH já desenvolveu um projeto de revitalização da área, que prevê um novo bairro com parque, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), escola municipal de educação infantil e 4.500 moradias populares.

 

 

 



O plano inclui um Centro de Saúde, que funcionará 12 horas por dia, em uma Parceria Público-Privada (PPP). Com 17 consultórios, incluindo um odontológico, a unidade atenderá a população local. A UPA, por sua vez, operará 24 horas por dia, com estrutura para casos de média e alta complexidade.

 

 

A área destinada às novas escolas de ensino infantil e fundamental ocupa cerca de 12 mil metros quadrados. A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) será construída em regime de PPP e atenderá até 223 crianças em período integral, ou 440 em tempo parcial.

 

O projeto também prevê o Parque Ecológico Maria do Socorro Moreira, com 95,6 mil metros quadrados (17% da área total do antigo aeroporto). A área foi cedida pelo governo federal em cerimônia realizada em Belo Horizonte, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As obras de revitalização, iniciadas em março, incluem quadras e um campo de futebol, com entrega prevista para julho.

 

Além disso, Fuad Noman também se reunirá com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar do Anel Rodoviário. A Prefeitura planeja pelo menos oito intervenções na via, que já têm recursos liberados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A proposta de municipalização do Anel – hoje sob responsabilidade federal – é central para a realização das obras, que incluem o alargamento dos oito viadutos da estrada. Dois desses projetos já possuem orçamento de R$ 60 milhões aprovado, e outros dois estão em fase avançada de projeto.

 

Para viabilizar as obras, no entanto, Fuad precisa que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) transfira a administração do Anel à Prefeitura de Belo Horizonte ou autorize as intervenções.

 

 

O Anel Rodoviário conecta a BR-381 à BR-040 e foi concebido como via expressa para desviar o tráfego pesado do centro de Belo Horizonte. Hoje, ele atravessa a área urbana da cidade e é considerado um dos pontos críticos de segurança viária, com registro médio de um óbito a cada oito dias em 2024.

 

A promessa de resolver os problemas do Anel foi um dos principais compromissos da campanha de Fuad Noman. A programação completa da viagem a Brasília ainda não foi divulgada pela assessoria do prefeito.

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