O prefeito Fuad Noman negou que a reforma administrativa enviada à Câmara Municipal seja uma medida para distribuir cargos na Prefeitura, em função de acordos firmados com diversos partidos. Durante a campanha, Fuad formou uma coligação ampla, que incluiu, além do PSD, partidos como União Brasil, PRD, Solidariedade, Avante, PSDB e Cidadania. No segundo turno, também obteve o apoio de legendas como PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede e PDT.

 

“Esse é mais um caso de fake news que saiu na imprensa, dizendo que estou fazendo a reforma para acomodar partidos. Essa reforma já está na Câmara desde 2022. Não foi aprovada da primeira vez, então enviei novamente. Ela ficou parada, pedi aos vereadores para votarem, mas ainda não foi analisada. Agora, trouxemos a mesma reforma com pequenas alterações, substituímos a anterior e apresentamos essa nova. Quem diz que estou fazendo isso para acomodar partido, ou não conhece a Câmara ou não entendeu nada do que foi feito. Mais uma fake news”, afirmou Fuad.

 

 

Na quarta-feira (6/11), o prefeito se reuniu com os vereadores eleitos para a próxima legislatura e, em seguida, conversou com a imprensa e fez críticas aos jornalistas presentes. “Aliás, a imprensa de Belo Horizonte está ótima para criar versões distorcidas”, pontuou.

 

Apesar das falas, durante a semana ele fez uma série de encontros com caciques partidários, deputados federais e estaduais, vereadores suplentes e eleitos. Em todas as conversas, a participação das legendas e dos líderes na PBH foram pauta.

 

Fuad destacou que o foco principal da reforma é enfrentar a insegurança alimentar, um problema que afeta sete em cada dez famílias em Belo Horizonte. “Temos uma subsecretaria de segurança alimentar que está espremida dentro de uma estrutura muito grande, onde não consigo separar o orçamento ou definir políticas específicas para alimentação. A proposta é transformar essa subsecretaria em secretaria, com um orçamento e autonomia próprios, para que possamos combater a fome em Belo Horizonte. Não é possível que isso seja visto como algo negativo.”

 



O projeto propõe a criação de quatro novas secretarias: Segurança Alimentar e Nutricional, Mobilidade Urbana, Administração Logística e Patrimonial e Secretaria-Geral. Atualmente, a administração é composta por 14 secretarias, número que aumentaria para 18.

 

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A proposta prevê ainda a criação de novos cargos, aumentando o número na área da educação de 200 para 380, e a inclusão de uma nova regional. Hoje, a cidade é dividida em nove administrações, mas o novo texto propõe a criação da regional do Hipercentro, atualmente pertencente à Centro-Sul. O impacto dessas mudanças na folha de pagamento está estimado em R$ 49,9 milhões.

 

 

“Há quem diga que isso vai custar R$ 49 milhões. Claro que vai, pois precisamos de pessoal. Você vai à Secretaria da Saúde, e faltam profissionais. Na SMASAC, a Secretaria de Assistência Social, faltam servidores. No Planejamento, a mesma coisa. Precisamos de cargos porque, quando a gestão anterior assumiu, houve um corte significativo e servidores públicos são essenciais para o funcionamento da máquina pública”, explicou o prefeito.

 

“Espero que a Câmara avalie os projetos de forma republicana, pensando no bem-estar da cidade e analisando o aspecto operacional. Nosso objetivo é fazer as coisas funcionarem com mais fluidez. E digo mais: com essas mudanças, acredito que vamos economizar. Quanto exatamente, ainda não posso dizer”, concluiu.

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