A vereadora Flávia Borja (DC), reeleita para um segundo mandato na Câmara Municipal de Belo Horizonte, afirmou em entrevista ao Estado de Minas, que tem uma relação “muito boa e respeitosa” com grupo político articulado pelo secretário da Casa Civil do Estado, Marcelo Aro (PP), a chamada “Família Aro”. Borja ainda explicou que foi acolhida pelo grupo e que Aro interfere pouco nos projetos apresentados por ela. “Ele cumpriu tudo o que combinou com a gente, oferecendo estrutura e liberdade”, disse. 

 

 

“Quando algum projeto vai contra minhas ideias, ele intervém, mas sua interferência é sempre muito comedida. Ele é visionário, e tenho aprendido muito com ele sobre como fazer política”, afirmou a vereadora. 

 

 

Para a próxima legislatura, o grupo, que agora conta com 25 dos 41 vereadores, apoia Juliano Lopes (Podemos) para a presidência da Casa. Segundo a parlamentar, esse cenário aproxima a Câmara do governo de Minas. “É algo natural. O Partido Novo está com a gente nessa empreitada para eleger a presidência, e eles estão realmente comprometidos. Nossa relação com o governo do Estado sempre foi tranquila, com proposições boas para a cidade. A bancada do Novo está completamente alinhada conosco, e isso é um sinal claro de aproximação”,  disse. 

 

 

A vereadora destacou que o prefeito Fuad Noman (PSD) não foi surpreendido pela articulação: “Acredito que o prefeito não vá inferir. Houve uma conversa antes, não foi uma surpresa para ele”, afirmou. 

 

 

Flávia Borja foi reeleita com mais de 16 mil votos, a sétima maior votação para o legislativo municipal do último pleito. A parlamentar é pastora, defende pautas conservadoras e é autora do projeto de lei (PL) que instaurou o Censo do Aborto, que estipula a coleta de dados sobre abortos feitos de forma legal nos hospitais da capital.


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