A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), voltou a defender uma candidatura de centro para disputar o Governo de Minas Gerais em 2026, avaliando que o PT teria dificuldades no próximo pleito. As declarações da petista foram dadas após uma reunião com prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte com o vice-governador Mateus Simões (Novo), nesta quinta-feira (7/11).
Simpática ao nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para disputar o Palácio Tiradentes, Marília avalia que a rejeição do PT dificulta uma liderança de chapa com seu nome na disputa.
"Nós precisamos de viabilidade, e acho que a viabilidade passa por uma candidatura de centro. A gente precisa construir uma grande frente ampla para ter um novo projeto para Minas Gerais. Eu diria que a gente tem que se unir, e não acho que meu nome é o ideal", disse.
Segundo Marília, apesar do nome de Pacheco ser viável, ele precisa de ajustes para se eleger. "Pacheco é uma grande revelação política do Brasil. Ele garante tranquilidade, governabilidade, compromisso, e é muito competente. Acho que é uma candidatura que precisa ser construída, ele foi um senador vitorioso com uma base social diferente dessa que a gente precisa construir para ser o nosso governador", emendou.
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Se por um lado Rodrigo Pacheco é um nome possível para a disputa do Palácio Tiradentes, outro que já surge como pré-candidato é Mateus Simões, que recebeu apoio público do governador Romeu Zema (Novo) no último mês. Inclusive, Simões recebeu Marília na condição de governador em exercício, uma vez que o atual chefe do Executivo estadual está cumprindo agendas fora do país.
Apesar da condição de sucessor Zema, Marília Campos avalia que a candidatura de Simões não é natural e também precisa ser construída. "Quem tem o prestígio é quem foi eleito, no caso o Zema. Essa transferência (de votos) não é algo natural, ela tem que ser construída", frisou.
PT
Reeleita para o seu quarto mandato em Contagem, Marília venceu a disputa em primeiro turno contra o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de uma chapa com dezenas de partido, desde a direita tradicional até a esquerda. Com o fim do pleito, a prefeita verbalizou a insatisfação com a estratégia adotada pelo partido no pleito.
Nessa quarta-feira (6/11), a petista esteve em Brasília a convite do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), e admitiu que o resultado da legenda nas eleições foi discutido com o mandatário, mesmo com o foco principal da reunião sendo os problemas da cidade. Segundo a prefeita, Lula parece ciente da necessidade de mudança no PT.
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"Vamos ter uma conferência no início de dezembro, e acho que vai ser um momento oportuno para a gente compartilhar com todas as lideranças partidárias, inclusive com Lula, as questões do PT e o seu futuro. Se a gente quer fazer o PT crescer temos que reconstruir o partido", completou Marília Campos.