O ex-coach e influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (8/11), pelo laudo falso apresentado contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) pouco antes do primeiro turno das eleições municipais em São Paulo. Em depoimento, Marçal negou qualquer envolvimento no episódio e disse que o suposto documento foi postado pela equipe dele.

 

 

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O documento falso apresentado no dia 4 de outubro era parte da estratégia de campanha de Marçal, que durante todo o período eleitoral acusava o parlamentar de uso de drogas. Em resposta, Boulos apresentou um exame toxicológico para provar que não fazia uso de entorpecentes.

 



 

No dia seguinte à votação, a perícia da PF concluiu que a assinatura do laudo era falsa. Os peritos compararam assinaturas do médico José Roberto de Souza, que seria o responsável pelo documento.

 

 

Contudo, o médico morreu em 2022. Segundo a filha de José Roberto, a oftalmologista Aline Garcia Souza, o pai nunca trabalhou na clínica usada pela equipe de Marçal no documento, e não fazia o atendimento clínico de pessoas com dependência química.

 

Segundo a PF, não há similaridade entre as assinaturas e os padrões apresentados, não havendo evidências de que os grafismos tenham sido escritos pelo médico. “As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, disseram os peritos.

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