A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) declarou ser contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que proíbe a escala 6x1 (seis dias trabalhados e um dia de folga). Em posicionamento divulgado nesta quarta-feira (13/11), a entidade afirmou que o projeto, apresentado pela deputada federal Erika Hilton (Psol), impedirá o desenvolvimento econômico do país e estagnará o setor de comércio e serviços.


 

De acordo com o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, as micro e pequenas empresas serão as mais impactadas, tornando-se menos competitivas devido a um possível aumento nos custos. “Ao contrário das grandes empresas, que podem absorver parte do impacto ou automatizar processos, os pequenos negócios já operam com margens apertadas, não possuem orçamento para contratar mais funcionários, e a imposição de novos custos pode inviabilizar financeiramente muitos estabelecimentos de pequeno e médio porte, que são os principais empregadores”, afirmou.

 




“A escala de trabalho 6x1 é adotada, principalmente, no setor de comércio e serviços, onde os funcionários trabalham aos finais de semana, inclusive nos estabelecimentos que prestam serviços essenciais, como supermercados, farmácias, restaurantes, entre outros. Com uma jornada reduzida, as empresas precisariam contratar mais funcionários para cobrir todo o horário de funcionamento, o que representaria aumento de custos aos negócios, especialmente aos de médio e pequeno porte”, avaliou o dirigente.

 

 


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MG) e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) também se posicionaram contra o fim da escala de trabalho 6x1. A justificativa das entidades é que a redução da jornada de trabalho sem redução salarial aumentará os custos operacionais das empresas e pode acarretar demissões.

 

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