FOLHAPRESS - O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta quinta-feira (14/11) oito e-mails de comemoração ao atentado de Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao tribunal.
As mensagens diziam que Francisco era um "mártir contra a escória do STF" e que o ataque iniciado por ele seria finalizado. O Supremo tenta identificar os autores dos e-mails (todos usaram mecanismos para mascarar a identidade) e enviar um relatório para a Polícia Federal.
A reportagem apurou com integrantes do STF que a casa dos ministros também passou por revista nesta quinta. Regularmente, as residências já são acompanhadas via equipamentos de segurança e presencialmente por agentes da polícia judiciária.
A vistoria feita nesta quinta, mais criteriosa, não identificou qualquer risco à integridade dos ministros. A área de segurança do Supremo tem a informação de que Francisco não passou perto da casa de nenhuma das autoridades.
As ameaças contra ministros do Supremo se tornaram comuns durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os números cresceram ainda mais após os ataques às sedes dos Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
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São, em média, três ameaças recebidas pelo Supremo por dia. Elas vêm por e-mails, cartas e até em invólucros com fezes. Quando os ataques passaram a ser frequentes, o STF mudou os protocolos de segurança para a abertura dos recebidos dos ministros e auxiliares, para evitar incidentes.
STF
Os ministros do Supremo negam publicamente que tenha havido qualquer falha na segurança. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta que todos os protocolos foram seguidos e se evitou o pior.
"Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A polícia judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa", disse. "Foi muito corajoso nosso policial judicial, porque mesmo depois que o sujeito falou que estava com explosivos, ele fez a abordagem que deveria fazer".
Francisco, porém, não era monitorado pela inteligência do Supremo, e informações obtidas pelo tribunal dão conta de que nenhuma outra agência de inteligência acompanhava as ameaças feitas pelo suspeito.
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Procurada, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não respondeu se havia detectado ameaça relacionada a Francisco e quais atitudes tomou.