Eleita vereadora com 10.169 votos, a economista Luiza Dulci faz parte da nova geração do Partido dos Trabalhadores (PT) que vai ocupar uma cadeira na Câmara Municipal. Em entrevista ao Estado de Minas e Portal UAI, a petista reconheceu que faz parte do processo de renovação da legenda, mas defende que a agremiação não abandone suas raízes e descarte a construção histórica com os movimentos sociais.

 

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Luiza Dulci já trabalhou no Ministério do Desenvolvimento Agrário durante o governo Dilma 2, na época em que a pasta foi chefiada pelo ex-prefeito de BH, Patrus Ananias (PT), e recentemente fez parte da equipe do ministro Márcio Macedo (PT) na Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula 3.

 



 

Filiada desde os 19 anos, Dulci lembra que o partido foi fundado há mais de 40 anos por uma geração de militantes sindicais jovens, mas observa que com o passar dos anos houve uma certa “cristalização” nas direções partidárias.

 

 

 

“Circulando muito o país e conhecendo o PT como conheço, digo que é um partido que tem muitos jovens, mas a gente não vê a possibilidade de candidaturas jovens que tenham de fato apoio e condições de se eleger”, disse.

 

Segundo a vereadora eleita, a renovação é uma necessidade do partido, mas que não pode fazer com que a legenda perca sua identidade. “Eu penso na renovação raiz. Renovação é uma palavra que pode ter muitos sentidos, inclusive renovar jogando no chão tudo que a gente tinha antes. Eu tenho muito respeito pela luta social, nesse sentido eu me vejo como parte desse processo. Eu estou renovando, mas também tenho muito compromisso com as nossas raízes”, emendou.

 

Dulci conquistou um mandato pela primeira vez nas eleições de outubro passado. Sobrinha do ex-ministro Luiz Dulci e filha do sociólogo Otávio Dulci, fundadores do PT, a economista destaca uma construção independente da família e também lembrou do seu histórico na política.

 

 

“Eu estou na política há muito tempo, desde que estava no movimento estudantil. Sou formada em economia pela UFMG, fui presidenta do D.A (Diretório Acadêmico), fui do DCE (Diretório Central Estudantil), e me filiei ao Partido dos Trabalhadores. Desde então nunca parei de participar de espaços políticos e me envolver com a política, e acho que é uma questão muito visceral e que me toca muito”, ressaltou.

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