Um dos oficiais do Exército presos na semana passada por, segundo a Polícia Federal, participarem de um plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes esteve, não faz muito tempo, em uma função ultrassensível.

 

O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima (foto) foi segurança pessoal de Dilma Rousseff quando a petista ocupou a cadeira de presidente da República.

 

 

À época, ele era do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tinha a função de supervisor de segurança. Como tal, era responsável por coordenar a "cápsula de segurança" de Dilma – como é chamada, no jargão militar e policial, a proteção mais aproximada dos presidentes.

 



 

O oficial chegou a acompanhar pessoalmente a então presidente da República em diversos compromissos.

 

Subordinado ao atual chefe do GSI


No período em que o tenente-coronel trabalhou na segurança de Dilma Rousseff, o chefe da segurança presidencial era o general Marcos Antonio Amaro, hoje ministro-chefe do GSI do governo Lula.

 

 

Ferreira Lima, segundo a PF, é um "kid preto", designação dos militares com formação em operações especiais. Ele foi preso no Rio de Janeiro, onde estava participando do esquema de segurança montado para a reunião de cúpula do G20, que reuniu na cidade a nata do poder mundial, incluindo os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron.

 

Oficial tinha cópia do plano de golpe

 


No relatório da investigação, a PF sustenta que o tenente-coronel Ferreira Lima atuou em duas frentes: no núcleo que disseminava informações falsas para minar a credibilidade do sistema eleitoral e, ao mesmo tempo, no apoio ao plano para matar Lula, Alckmin e Moraes.

 

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Os investigadores dizem que ele colaborou com o levantamento de informações sobre a rotina do ministro do STF. Também afirmam, nos autos, que ele guardava em seus arquivos eletrônicos uma cópia do planejamento estratégico do que seria um golpe de Estado.

 

Ferreira Lima não é o único caso de militar que, antes de ser apontado pela PF como participante do plano, esteve bem perto da alta cúpula petista. Outro preso na operação, o agente federal Wladimir Matos Soares, fez parte da equipe de segurança de Lula, então presidente eleito, em 2022.

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