O clima de fim de ciclo está instalado na Câmara Municipal de Belo Horizonte, e, com o fechamento dos mandatos, a possibilidade dos vereadores votarem o reajuste dos próprios salários vem à tona. Os parlamentares só podem alterar os vencimentos para a próxima legislatura, portanto, há apenas pouco mais de um mês para aprovar um eventual projeto neste teor.

 

 

Em entrevista ao Estado de Minas nesta terça-feira (26/11), o vereador reeleito Wagner Ferreira (PV) afirmou que o tema está em discussão nos bastidores da Casa, mas há ainda um dissenso dos parlamentares sobre o aumento dos salários.




 

“Está em discussão ainda, porque, se tiver, tem que ser dessa legislatura para a próxima. [...] O reajuste da inflação é possível, mas ainda não tem projeto, ainda não tem um índice. Tem ainda uma discussão entre os vereadores, alguns são contra, outros, favoráveis. Até onde eu sei, ainda não há um consenso. Se soubesse, eu falava, não escondo essas coisas. Todo reajuste ao funcionalismo é polêmico. Sou servidor já 22 anos e nunca vi baterem palma para reajuste, mas quando a gente fala sobre recomposição de perdas de poder aquisitivo e que eu luto no sindicato para minha categoria todo ano, não tem imoralidade nenhuma nisso”, afirmou o parlamentar.





O salário dos vereadores não é reajustado desde 2020, no fim da última legislatura. O valor do vencimento bruto para os parlamentares é de  R$ 18.402. Com os descontos da folha de pagamento, o número líquido gira em torno dos R$ 13,5 mil.


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