Lula deve ficar 48h em observação na unidade de terapia intensiva (UTI), apenas por segurança, de acordo com a equipe médica do petista       -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)

Lula deve ficar 48h em observação na unidade de terapia intensiva (UTI), apenas por segurança, de acordo com a equipe médica do petista

crédito: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o quadro de saúde estável após a cirurgia realizada às pressas na noite dessa segunda-feira (9/12). O petista teve uma hemorragia intracraniana.

 

De acordo com a equipe médica, Lula retornou da cirurgia "praticamente acordado" e já está "conversando normalmente e se alimentando". Segundo o médico Roberto Kalil Filho, o presidente não terá nenhuma sequela. 

 

 

 

Ainda conforme as informações, o presidente deve ficar em observação nos próximos dias, sem previsão de alta. Mas os médicos acreditam que se tudo ocorrer bem, Lula deve retornar à Brasília no início da próxima semana. 

 

 

O presidente foi submetido ao procedimento cirúrgico após sentir dores de cabeça e realizar uma ressonância magnética. Ao longo dessa segunda-feira (9/12), Lula cancelou alguns compromissos e se queixou de dores de cabeça. 

 

Ele deve ficar 48h em observação na unidade de terapia intensiva (UTI), apenas por segurança, de acordo com a equipe médica do petista. 

 

 

Cirurgia

 

Lula foi transferido na noite de segunda-feira (9/12) do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, para a unidade da rede em São Paulo, após uma ressonância magnética detectar um sangramento intracraniano. Depois da avaliação dos médicos, a equipe optou por realizar uma trepanação, procedimento cirúrgico utilizado para drenar o hematoma.

 

"O presidente evoluiu bem, está estável, conversando normalmente, se alimentando, e permanecerá em observação nos próximos dias", detalharam.

 

De acordo com a equipe médica, o procedimento durou cerca de duas horas e não há lesões cerebrais. "O sangramento estava situado entre o cérebro e a meninge, embaixo da membrana chamada dura-máter. Ele (o sangramento) comprimiu o cérebro, foi removido. O cérebro está descomprimido e está com as funções neurológicas preservadas”, explicou a equipe. "Presidente não teve sequela alguma, nem alteração de movimento, absolutamente nada”, informaram.

 

A princípio, o presidente deve ficar com o dreno entre um e três dias.

 

De acordo com os médicos, o hematoma está relacionado à queda sofrida no dia 19 de outubro, quando ele escorregou no banheiro e bateu a parte de trás da cabeça. A complicação é atribuída a um possível sangramento tardio.

 

“Ele já tinha absorvido o primeiro sangramento e aí acabou tendo um segundo, mas é tudo provavelmente consequente à queda”, explicaram os profissionais, ressaltando que esse tipo de ocorrência é comum, especialmente em pessoas mais velhas.

 

A equipe médica também informou que o hematoma vinha sendo monitorado em exames de rotina realizados pela equipe médica.


‘Trepanação’

 

Inicialmente, foi divulgado que o presidente havia passado por uma craniotomia, mas os médicos esclareceram que o procedimento realizado foi uma trepanação.

 

”Uma pequena perfuração no crânio, são orifícios pequenos, por onde são introduzidos, no caso, um único dreno. É um procedimento relativamente padrão em neurocirurgia. Não é uma abertura, uma violação do crânio importante”, explicaram.

 

A equipe médica também destacou que a cicatrização da abertura ocorre de forma espontânea, sem a necessidade de intervenções futuras para fechamento. O termo craniotomia, segundo eles, é reservado para procedimentos mais invasivos.

 

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Um novo boletim sobre o estado de saúde do presidente deve ser divulgado apenas na quarta-feira (11/12). As informações, segundo os médicos, foram repassadas à imprensa a pedido de Lula.