Aliado de vice-prefeito eleito pode fazer frente a Juliano Lopes por CMBH
Candidatura de líder de governo tem como principal articulador o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião
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Siga noO líder de governo na Câmara Municipal de Belo Horizonte, Bruno Miranda (PDT), busca, com a ajuda do vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), também vereador nesta legislatura, apoio para lançar sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de BH (CMBH).
Até agora, o único candidato colocado na disputa é o vereador Juliano Lopes (Podemos), que, logo após o segundo turno, lançou seu nome e anunciou ter o aval de 23 dos 41 vereadores, número suficiente para se eleger, mas que pode mudar a depender da correlação de forças dentro do Legislativo municipal.
Caso Miranda consiga conquistar vereadores para seu campo, será candidato e com chance de se eleger. A avaliação de alguns vereadores é de que essa não é uma tarefa difícil para Damião e Miranda, que também conta com a simpatia do prefeito reeleito Fuad Noman (PSD), principalmente levando em conta os interesses dos partidos na montagem do próximo secretariado - que ganhou quatro novas pastas e uma administração regional. Mas, para isso, terá que articular com PT, PSOL e PCdoB, que, juntos, somam oito vereadores.
De acordo com o vereador Bruno Pedralva (PT), a bancada pode apoiar a candidatura de Miranda ou lançar um nome. Tudo depende, segundo ele, das conversas com a prefeitura, suspensas devido à nova internação de Fuad.
De acordo com Pedralva, o PT apoiou a reeleição de Fuad no segundo turno e tem interesse em compor com o governo municipal para avançar nas pautas sociais, nos mesmos moldes que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem articulando nacionalmente, em aliança com partidos de centro, dentre eles a legenda do prefeito, o PSD.
Enquanto o prefeito segue hospitalizado, ainda sem data para alta, a bancada de esquerda tenta, de acordo com Pedralva, uma reunião com Damião, ainda sem data marcada. Segundo o vereador Pedro Patrus (PT), a definição do apoio ao nome de Miranda passa pela cara que terão o secretariado e o primeiro escalão do governo, se mais para a direita ou para o centro. A disputa pelo comando da CMBH também passa pelas eleições de 2026.
A vitória de Juliano Lopes fortaleceria o grupo do governador Romeu Zema (Novo), derrotado nas eleições para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Lopes conta com o apoio do secretário de Estado da Casa Civil de Zema, Marcelo Aro (Podemos), principal avalista da sua candidatura, que também tem boas relações com Fuad, mas desavenças com lideranças importantes do PSD, como o senador Rodrigo Pacheco, cotado para ser candidato ao governo de Minas em 2026.
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Aliados de Aro integravam o governo de Fuad, porém foram exonerados pouco antes do início da campanha por pressão de Pacheco. Damião, que articula apoio à candidatura de Miranda, é ligado a Pacheco. A candidatura de Miranda tem pouco mais de 15 dias para ser articular, já que as eleições para o comando da CMBH são realizadas no dia 1º de janeiro, logo após a posse oficial dos eleitos. As apostas são de que até lá muita coisa ainda vai acontecer nessa disputa.