Governador afirmou que intenção não é vender a Cemig, mas transforma-la em Corporation -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Governador afirmou que intenção não é vender a Cemig, mas transforma-la em Corporation

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

O governador Romeu Zema (Novo) defendeu os projetos de privatização das empresas estatais de Minas Gerais durante café com jornalistas, nesta sexta-feira (13/12), em Belo Horizonte. Segundo o chefe do Executivo mineiro, a concessão seria importante para evitar “barbaridades do passado” na gestão da Companhia de Saneamento (Copasa) e, em especial, da Companhia Energética (Cemig).

 

Zema afirma que desde que assumiu o governo a Copasa dobrou de valor e a Cemig triplicou, além de terem recebido um tratamento técnico e não político. O governador destacou a geração de energia fotovoltaica, que passou de 518 MW de potência instalada, em 2018, para 9 GW neste ano.

 

 

“O que nós queremos é vender a empresa? Não precisa vendê-la. Se o Estado parar de mandar eu já fico muito satisfeito, porque as barbaridades do passado pararão de serem cometidas. O Estado continua a ser acionista, terá seus 17%, mas deixa de ter o poder de controlar”, afirmou o governador ao defender o modelo de “Corporation” para a privatização da Cemig.

 

 

“O Estado ainda tem ações, recebe dividendos, a empresa vai valorizar mais, o mercado vai precificar a melhoria na governança. Se amanhã o governo federal falar que tem interesse nesse ativo, nós transferimos as ações da nova Cemig e o governo passa a receber esses dividendos. Isso otimiza o valor da empresa”, completou.

 

ALMG

No início de novembro, o Executivo enviou para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) os projetos que autorizam a privatização das duas estatais. Contudo, para vender as ações das empresas é necessário uma emenda à Constituição mineira que elimine a necessidade de um referendo popular para que a população autorize a operação. A mudança exige quórum qualificado na Assembleia, ou seja, 48 votos dos 77 deputados.

 

Nas estimativas do Palácio Tiradentes, as empresas possuem um valor estimado em cerca de R$ 15 bilhões. A participação acionária do estado em cada companhia é distinta: na Cemig, o governo possui apenas 17% das ações, enquanto na Copasa a fatia é de 50%.

 

O secretário de Governo, Gustavo Valadares, afirmou que está otimista com a tramitação na Assembleia, mas reconhece que o processo de convencimento é mais complicado do que em outros projetos. Segundo o deputado licenciado, o governo está inclusive preparado para participar de audiências públicas com a sociedade.

 

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“O governo não se furtará de discutir, seja na Assembleia ou nos quatro cantos do estado em audiências regionais, a condição das duas empresas. Demonstraremos de forma muito clara, aos deputados e a população de Minas, que não há mais espaço para gestões do Estado nessas duas empresas. A nossa construção com a Assembleia vai começar no início da tramitação. Os argumentos nós temos, eu estou otimista”, declarou.