Um importante auxiliar do Palácio do Planalto diz que o nome do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem sido cogitado internamente para o lugar de Nísia Trindade no Ministério da Saúde, na reforma ministerial que o presidente Lula deve fazer no próximo ano. O nome de Lira é apontado como uma opção depois de ele ter tentado, sem sucesso, apresentar nomes de sua confiança para assumir esse mesmo cargo.
Um dos principais partidos do Centrão, o PP sempre reivindica o Ministério da Saúde, por diversas razões – entre elas a capacidade orçamentária bilionária da pasta. Como até agora não conseguiu êxito com os nomes apontados, o do próprio presidente da Câmara passou a ser incluído nas bolsas de apostas.
Como o PlatôBR mostrou no início de dezembro, o próprio Lira já disse a aliados que não gostaria de virar ministro porque, uma vez no governo, ficaria exposto ao fogo cerrado dos inimigos que tem no PT e, além do mais, na frágil posição de alguém que, a qualquer momento, pode ser demitido.
Para o governo, tê-lo no primeiro escalão pode ser um atalho para ampliar a base de apoio no Congresso, já que o deputado alagoano exerce grande influência não apenas em seu próprio partido como nas bancadas de outras siglas do Centrão.
O status da reforma
Os nomes do marqueteiro Sidônio Palmeia para a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e o da deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, para algum posto no ministério, também são cada vez mais citados dentro do PT. "Esses dois nomes não podem ser desconsiderados", disse um ministro ao PlatôBR.
Uma das possibilidades em estudo no Planalto é que o atual chefe da Secom, Paulo Pimenta, vá para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Gleisi já foi cogitada para a mesma Secretaria-Geral, mas agora tem sido lembrada como opção para o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje ocupado por Wellington Dias. Segundo avaliações de petistas, Dias não alcançou na pasta a visibilidade esperada para os projetos sociais do governo.
Fala-se ainda no governo na possível saída do ministro Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais. As decisões sobre a reforma devem ser tomadas pelo presidente Lula depois que ele sair do hospital, onde passou por dois procedimentos na cabeça nos últimos dias para conter uma hemorragia. A previsão é que ele tenha alta até a próxima quarta-feira, 18.
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