FOLHAPRESS - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou neste sábado (14/12) que, se houver aumento na tarifa do ônibus municipal em 2025, o novo valor ainda deve ficar abaixo da inflação.
Ele repetiu o discurso de que a que sua intenção é manter o preço atual, que está em R$ 4,40 desde janeiro de 2020, mas que é preciso equilibrar as contas do transporte com áreas como saúde e educação.
"A gente ainda não tem definido se vai conseguir manter a tarifa ou se vai fazer a correção. Esses dados chegam sempre ali muito no final do mês de dezembro, que é onde eles compilam todos os dados de inflação, de custo de diesel, de mão de obra, essa coisa toda."
Segundo o prefeito, a passagem já acumula 32% de inflação desde o último reajuste. "O que eu garanto é o seguinte, jamais eu vou dar 32% para recuperar a inflação. Mas também não posso fazer com que recursos da saúde ou recursos da educação vão para o transporte. É preciso ter todas as áreas funcionando de forma harmônica."
O prefeito, então, reiterou a intenção de manter o preço atual, mas sem garantias. "Meu esforço vai ser tentar manter a tarifa, mas se por acaso eu não conseguir fazer o mínimo possível, não chegará sequer à correção da inflação."
Segundo o IPCA e considerando 1º de agosto de 2020 como data inicial, o valor hoje acumula uma inflação 31,52%, e estaria, em valores atuais, em R$ 5,79.
Preço
O prefeito já vinha dizendo que a intenção era manter o preço, mas que isso dependia de estudos, e também que a decisão seria tomada no fim do ano. Embora não tenha dado uma previsão, Nunes tem pouco mais de duas semanas para fazer o anúncio.
As declarações foram dadas à Folha durante agenda de Nunes no Autódromo de Interlagos, onde ocorreram corridas da 12ª etapa da Stock Car Pro Series, na tarde deste sábado.
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Na ocasião, ele também comentou a polêmica da campanha publicitária "Largo da Batata Ruffles" no espaço público na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, zona oeste da cidade. Nunes disse que houve um erro no fluxo do processo, que deveria passar por análise da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), e que não sabia da autorização dada pela subprefeitura de Pinheiros ao projeto.