Cadu Ibarra*
Durante a coletiva de atualização do quadro de saúde de Lula (PT), o presidente fez uma declaração sobre a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro (PL). Lula defendeu o direito de defesa do militar, mas afirmou que, caso as investigações confirmem a atuação de Braga Netto em uma tentativa de golpe, as punições devem ser severas.
Lula não respondeu às perguntas dos jornalistas, e tratou do caso por meio de uma declaração. “O que aconteceu essa semana com a decretação da prisão do general Braga Netto, eu vou demonstrar para vocês que eu tenho paciência e que sou democrata. Eu acho que ele tem todo direito à presunção de inocência. O que eu não tive eu quero que eles tenham. Todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida. Mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país teve gente que fez 10% do que eles fizeram e morreu na cadeia", afirmou o presidente da República.
“Não é possível a gente aceitar o desrespeito à democracia, não é possível a gente aceitar o desrespeito à Constituição e não é possível a gente admitir que, em um país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta gradação militar tramando a morte de um presidente da República; tramando a morte de seu vice; tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral", completou.
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Lula finalizou a declaração dizendo que está pronto para voltar ao trabalho e agradecendo à equipe médica que o atendeu. “Eu quero deixar a presidência da República como deixei em 2010, com a cabeça erguida e consciente de que esse país estará muito melhor", disse.
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