Presidente Lula (PT) concedeu entrevista exclusiva ao 'Fantástico' após coletiva de imprensa realizada neste domingo (15/12), em virtude da sua alta hospitalar -  (crédito: Reprodução/TV Globo)

Presidente Lula (PT) concedeu entrevista exclusiva ao 'Fantástico' após coletiva de imprensa realizada neste domingo (15/12), em virtude da sua alta hospitalar

crédito: Reprodução/TV Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribui à sua teimosia as complicações que teve, nas últimas semanas, com relação a seu estado de saúde e que o levaram a uma internação para tratar de uma hemorragia no cérebro.

 

Em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, gravada após o presidente receber alta, neste domingo (15/12), o petista afirmou que, depois de duas internações hospitalares em menos de dois meses, se sente "como um cara protegido por Deus".

 

"Eu digo sempre que um cara que nasceu onde eu nasci e não morreu de fome até completar cinco anos de idade é um milagre", completou.

 

 

Em 19 de outubro, Lula foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após bater a cabeça, em um acidente doméstico no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na ocasião, Lula cortava as unhas das mãos quando se desequilibrou de um banco e caiu de costas, onde machucou a cabeça e precisou levar cinco pontos.

 

Durante o tratamento, foi identificada uma hemorragia intracraniana, que necessitou de uma drenagem para o hematoma. Conforme conta na entrevista, Lula foi instruído pelos médicos a tomar preocupações, como não fazer movimentos bruscos e evitar exercícios físicos. "Mas tem a teimosia que está dentro da gente; voltei a fazer esteira, ginástica e musculação", relatou o presidente.

 

Na última segunda-feira (9/12), durante uma reunião com os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), além de alguns ministros, Lula voltou a ter dores na cabeça e sentiu "movimentos esquisitos" na perna, como destacou.

 

O presidente solicitou ajuda médica e foi novamente levado para São Paulo, onde passou por procedimentos para tratar de uma nova hemorragia. O cardiologista e médico de Lula, Roberto Kalil Filho, afirmou que o quadro do presidente foi extremamente grave e que, se não fosse tratado com agilidade, poderia ter morrido.

 

"Achei que estava fora de perigo, essa era a verdade. Porque a última ressonância que fiz mostrava que estava diminuindo a quantidade de líquido na minha cabeça, mas era engano meu", disse Lula, em entrevista ao "Fantástico".

 

 

O presidente fará uma tomografia na quinta-feira (19/12). Só então poderá seguir para Brasília onde foi autorizado a fazer atividades que não demandem muito esforço. Neste fim de ano, Lula pretende participar do Natal dos catadores de materiais recicláveis de São Paulo e fazer a última reunião ministerial do ano.

 

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"No restante (do tempo), vou ficar em Brasília, tranquilo. Não vou sair para lugar algum. Vou ficar me cuidando", disse na entrevista.