O governador Romeu Zema (Novo) reforçou as críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao defender uma candidatura de direita e centro-direita em 2026. Em café com jornalistas para fazer um balanço de final de ano, nesta sexta-feira (13/12), o chefe do Executivo mineiro disse que ainda não sabe se será candidato na próxima eleição, mas destacou que vai apoiar um nome que faça frente ao atual governo federal.

 

“Eu já disse que, em 2026, tenho duas grandes missões: apoiar o vice-governador Mateus Simões (Novo) como candidato ao governo do Estado, e também apoiar um nome da direita a presidente da República. Caso esse nome seja a minha pessoa - eu não tenho nenhuma pretensão, pessoalmente até preferia não ser - vou estar trabalhando com o maior empenho”, declarou Zema.

 


Segundo o governador, o empenho se dá porque o atual governo federal não possui um “projeto de país”. “Tenho certeza que não é esse tipo de governo, irresponsável nos gastos, sem nenhum projeto de futuro para o Brasil. O projeto deles é para o partido, para a turminha deles, aí sim eles possuem um grande projeto. Não é isso que vai dar certo”, afirmou.

 

O governador mineiro citou como exemplo de dificuldades com as contas públicas o aumento da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nessa quarta-feira (11/12). Os economistas da autoridade monetária aumentaram a Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano, prevendo novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões - janeiro e março.

 

 

Em comunicado, o Copom citou o momento de alta da inflação e o cenário internacional para justificar o aumento nos juros. O grupo também ressalta que a economia do país está aquecida e o emprego está em ascensão, mas isso pode criar condições para um risco inflacionário caso o aquecimento não venha acompanhado do controle das contas públicas.

 

Siga o nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

“A irresponsabilidade fiscal significa aumento na taxa de juros, e depois vira aumento de inflação, recessão e desemprego. Todo mundo lembra de 2015 e 2016 a tragédia que foi. A economia caiu quase 8% naqueles dois anos, eu ainda era empresário e foi um dos piores anos da minha vida”, emendou Zema, afirmando ainda que não possui projeto pessoal de poder.

 

“Em 2026 vocês vão me ver muito, rodando muito Minas e o Brasil dando apoio a um candidato. Não sei se será eu, porque tudo depende de conjuntura políticas. O que eu quero é contribuir com o Brasil”, completou.

compartilhe