Em solenidade prestigiada por autoridades dos Três Poderes, a juíza Rosimere das Graças do Couto foi empossada, nesta sexta (3/1), como presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) ao triênio 2025/2027.
É a primeira vez, em 69 anos de história, que uma mulher assume a Presidência da segunda maior associação estadual de juízes da América Latina. Também tomaram posse os componentes da Diretoria Executiva, além dos integrantes do Conselho Deliberativo e do Conselho Gestor de Saúde.
A solenidade de posse foi conduzida pelo presidente Luiz Carlos Rezende e Santos e contou com a presença de autoridades, como o secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, representando o governador Romeu Zema (Novo). Além dele, o presidente do TRE-MG, desembargador Ramom Tácio; 1° vice-presidente do TJMG, desembargador Marcos Lincoln dos Santos, representando o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior.
Ainda prestigiaram a cerimônia, a conselheira do CNJ, Renata Gil, representantes de instituições, magistradas e magistrados, familiares e amigos da empossada.
Rosimere do Couto liderou a chapa única Magistratura Forte e Unida, eleita, em dezembro passado, com votação histórica, reafirmando a união da Classe em torno de seu nome.
“Essa união foi demonstrada pelas urnas nas eleições. Agradeço a cada um dos 1.147 associados que votaram conosco, reconhecendo que somente com união e força poderemos construir uma magistratura cada vez mais consolidada e respeitada”, disse Rosimere do Couto em seu discurso de posse.
Pontuou ainda que a função do magistrado/magistrada não é somente julgar litígios. “É julgar com justiça! e para tanto deve o magistrado/magistrada conhecer a sociedade que o cerca e seus costumes. E quando nós também contribuímos para uma sociedade melhor, a magistratura se transforma num poderoso instrumento a serviço da população. A magistratura vai além da prestação jurisdicional, ao ajudar menores e adolescentes a buscar uma vida digna, a amparar quem não tem o que comer ou onde morar, a aliviar o sofrimento dos doentes, a solucionar litígios antes mesmo do processo instaurado, a buscar formar o cidadão de bem e com isso buscar a pacificação social e afirmação da cidadania”.
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Para dar dimensão ao momento histórico, a magistrada recorreu a uma frase da escritora Clarice Lispector. “Eu sou mais forte do que eu”. Segundo ela, esta força se refere à superação de adversidades, à resiliência diante das dificuldades e à capacidade de se reinventar constantemente. “Quero que todas as magistradas se sintam em mim representadas. Somos fortes e, como eu sempre digo, juntas, somos imbatíveis!”. E finalizou: “Meu nome é Rosimere das Graças do Couto. E com muito orgulho e força, sou a primeira mulher a presidir a Associação dos Magistrados Mineiros”, comemorou ela, sendo aplaudida de pé pelas mais de 100 pessoas presentes.