
Damião projeta carnaval e volta às aulas como desafios
Álvaro Damião (União Brasil) faz balanço de seu primeiro mês à frente de BH, destacando a volta às aulas, combate à dengue e o carnaval como prioridades
Mais lidas
compartilhe
Siga noÁlvaro Damião (União Brasil) encerra nesta semana seu primeiro mês à frente de Belo Horizonte. Eleito vice-prefeito em outubro, o ex-vereador assumiu o Executivo da capital mineira no início do ano, diante da internação do prefeito reeleito, Fuad Noman (PSD).
À coluna, o prefeito em exercício fez um balanço de seu trabalho em janeiro reiterando que sua atuação teve como objetivo dar tranquilidade a Fuad para prosseguir no tratamento de saúde. Damião elegeu a volta às aulas, o combate à dengue e o carnaval como suas prioridades para o mês que se inicia no próximo sábado. Ele também garante que a relação com a Câmara Municipal está pacificada.
-
28/01/2025 - 17:37 Fuad Noman deve ter alta do CTI nas próximas 24 horas -
28/01/2025 - 19:04 Vereador de BH aciona MP para investigar servidora de universidade gaúcha -
28/01/2025 - 21:29 Zema: 'Problema não é deportar, estar acorrentado, é não dar condições'
Como o senhor avalia seu mês à frente da PBH?
Meu primeiro objetivo era dar ao prefeito Fuad a tranquilidade de que ele precisa e merece para continuar o tratamento dele. Mostrar para ele e, consequentemente, para o povo de Belo Horizonte que, enquanto ele não puder estar à frente da prefeitura, nós estaríamos lá, mantendo os projetos que foram criados por ele e também por mim durante a campanha.
Ele fez os projetos para a cidade para os próximos quatro anos. E eu queria mostrar claramente para ele e para o povo de Belo Horizonte que daríamos continuidade a esse trabalho que foi começado por ele. No começo, existem turbulências, porque as pessoas não conhecem ou não sabem se o que eu estou dizendo aqui é só da boca para fora.
Então, no início, há preocupações, mas elas vão, aos poucos, desaparecendo. Hoje, por exemplo, pode ter certeza: a minha terça-feira é bem diferente da terça-feira da primeira semana em que eu estava aqui.
O objetivo era manter o que estava sendo feito, avançar em algumas questões e mostrar à população que Belo Horizonte tem prefeito, que Belo Horizonte está sendo comandada, que Belo Horizonte não está largada.
Essa não é uma tarefa fácil, porque as pessoas estão acostumadas com o prefeito da cidade. Além disso, é a primeira vez que eu sou vice-prefeito. Apesar de já ter experiência como vereador por dois mandatos, nunca havia atuado como prefeito. Tudo isso é desafiador.
- Fuad Noman deve ter alta do CTI nas próximas 24 horas
- Banheiros autolimpantes serão instalados em BH antes do carnaval
- Álvaro Damião acompanha assinatura da concessão da BR 381; Zema não vai
Para os próximos meses, o senhor precisará tomar medidas para problemas não programados, como o caso dos ambulantes no carnaval. Quais serão as prioridades?
As pautas relacionadas ao carnaval e à volta às aulas, por exemplo, já estavam predefinidas. Estamos dando sequência ao que vinha sendo feito pela Bárbara Menucci, na Belotur, e pelo Bruno Barral, na Secretaria de Educação.
Nada disso foi trocado. Claro que, agora, eu estarei mais à frente. Com o passar dos dias e a ausência do prefeito, isso, de alguma forma, vai se afunilando para que eu tome algumas decisões. Mas quais são essas decisões? A minha decisão e a do Fuad são as mesmas: fazer de Belo Horizonte o melhor carnaval, mais uma vez. A minha vontade e a dele são as mesmas: realizar o carnaval com a mesma segurança do ano passado ou, se possível, ainda melhor. Melhorar o carnaval.
Ainda há parcerias pendentes?
Tem, sim. Claro que a principal delas foi essa com a Ambev. Mas há também a parceria com o governo do estado, que é importante para nós e para o estado. É necessário verificar de que forma o estado vai participar ou, pelo menos, oficializar a maneira como irá contribuir. Temos uma reunião marcada para esta sexta-feira (31/1) com o secretário de Estado de Cultura, Leônidas Oliveira.
Como está a relação com o governo do estado?
Tudo bem, tudo tranquilo. Não tem porque não estar. As pessoas especulam demais sobre esse negócio de relacionamento. Todo mundo quer o melhor. O relacionamento é bom.
E com a Câmara Municipal? A liderança de governo será mantida? E a situação com o novo presidente, Juliano Lopes (Podemos), está apaziguada?
Bruno Miranda (PDT) vai continuar, já foi anunciado que ele é o líder de governo. E com o Juliano Lopes já está normal. Aquilo ali foi do momento da eleição, já é passado para mim e acho que para eles também.
Até porque qual é a intenção de ficar levando isso para frente. Ninguém ganha nada com isso. Acabou, isso é passado. Teve uma disputa política e o grupo dele ganhou, parabéns, nós entendemos tranquilamente, vida que segue. Agora, ele vai ter o apoio da prefeitura para poder ajudar a Câmara de Belo Horizonte. Porque a Câmara é de Belo Horizonte, não é de outro estado, nem de outra cidade, não. A prefeitura de Belo Horizonte tem que ajudar a Câmara e a Câmara vai ajudar a prefeitura.
Ainda há cargos criados pela reforma administrativa que precisam ser ocupados, qual a previsão para essas nomeações?
A gente vai divulgar tudo ainda esta semana, eu acredito. Estamos definindo essas situações, porque, obviamente, a maior parte delas já estava sendo programada pelo prefeito Fuad. E agora vamos fechar, inclusive nesta semana, o que o Fuad imaginava e o que vamos ajustar juntos para concluir tudo. Eu seria o coordenador de vilas e favelas.
Ainda posso ser, dependendo da volta do prefeito. O Fuad já tinha anunciado que seria eu, mas como vou ser se estou atuando como prefeito? Nem secretário de Governo eu posso ser, por isso meu secretário de Governo é interino, assim como eu sou interino na prefeitura. Tudo depende do estado de saúde do prefeito.
O senhor e Fuad têm conversado?
Não. O nosso objetivo a gente já alcançou, que era dar a ele a tranquilidade para se tratar e não falar de política. O prefeito não recebe ninguém para falar de política. Não tem ninguém da prefeitura visitando o prefeito, ninguém, absolutamente ninguém.
Para janeiro a principal preocupação eram as chuvas?
Era, com certeza. E tivemos saldo positivo. Tivemos chuvas enormes em Belo Horizonte e poucos pontos de alagamento. Tem gente que fala que alagou em tal lugar, mas foram apenas pontos de alagamento. É diferente do que acontecia na Avenida Teresa Cristina, que alagava totalmente, e, quando a chuva passava, o asfalto tinha ido embora, havia carros de cabeça para baixo.
Então, o nosso saldo com as chuvas, até agora, é positivo. E eu digo “até agora” porque chuva é previsão, não temos certeza. Se fosse “precisão”, seria mais fácil controlar. Agora, nossa próxima preocupação é o carnaval, fazer um carnaval seguro. Além disso, garantir a volta às aulas com todas as crianças na escola. Outro foco é o combate à dengue, buscando uma diminuição em relação ao ano passado. Já estamos conseguindo controlar. Hoje, o número de casos é irrisório em comparação a janeiro do ano passado. Atualmente, temos de cinco a 10 casos aproximadamente. Em janeiro do ano passado, eram mais de mil.
A recente discussão sobre a regulamentação dos mototáxis e a suspensão das cirurgias ortopédicas eletivas são prioridades para fevereiro?
Não é só para fevereiro. No próximo dia 5, nós vamos retomar as cirurgias eletivas. Essa é a previsão da nossa Secretaria de Saúde. Sobre os mototáxis, há questões que não precisam ser polemizadas. Quem vai proibir ou não é a União, não nós. Não temos essa capacidade. O que cabe ao município, e o que será feito, é regulamentar. Regulamentar é responsabilidade do município. Proibir ou não, é com a União.