EDUCAÇÃO EM BH

BH: terceirizados da MGS na prefeitura protestam por fim da escala 6x1

Trabalhadores alegam forte impacto na saúde mental. Manifestação em frente à sede da PBH interditou o trânsito na Avenida Afonso Pena parcialmente

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Vanusa Paulina, 54 anos, presta suporte aos estudantes com espectro autista de uma escola da rede pública municipal e afirmou que a carga horária de 44 horas semanais e condições de trabalho que são, segundo ela, insuficientes, têm impactado diretamente em sua saúde mental. “Tive ansiedade, aquele negócio de chegar perto da escola e não querer entrar, uma sensação de incapacidade”, disse. O relato de Vanusa, que trabalha há 20 anos na MGS, é comum entre trabalhadores terceirizados da rede pública municipal, que ocuparam a calçada da sede da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (29/1), por reajuste salarial de 18%, fim da escala 6x1 e melhores condições de trabalho. 

O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (SindRede).  A diretora Vanessa Portugal afirmou que a MGS disse que a responsabilidade pela redução da carga horária de 44 horas semanais é  PBH. “A empresa não deu retorno, a questão da carga horária eles disseram que era só com a prefeitura. O reajuste salarial e o ticket alimentação eles negaram. A categoria está tendo dimensão da sua importância nas escolas e comprou essa briga. Precisamos ser respeitados além da questão salarial”, explicou. 

“O salário não acompanha as demandas, trabalhamos longe de casa, mesmo tendo escolas próximas, não entendo essa política da MGS. Estamos tendo problemas de saúde mental, nosso salário não cobre os gastos com remédio, cheguei a ficar com quatro alunos da educação especial.  Nós somos, na verdade, babás dessas crianças. Precisamos que a prefeitura contrate profissionais capacitados”, relatou Vanusa. 

A organização estima 2 mil manifestantes na Avenida Afonso Pena, na Região Centro-Sul da capital. O ato começou pela manhã, às 9h, e seguiu até às 15h. O grupo ainda afirmou que, durante a manifestação, o prefeito em exercício Álvaro Damião (União) teria saído "pelos fundos" do prédio e não chegou a falar com os servidores. O Estado de Minas procurou a PBH e a MGS e aguarda um posicionamento. 

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