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Oposição diz que aumento de superávit atesta que Zema é "péssimo gestor"
De acordo com o deputado Professor Cleiton, mesmo com superávit, não houve investimentos em obras e estradas, e a segurança pública está sucateada
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Siga noA oposição ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contestou o anúncio feito ontem pelo governo de que, em 2024, foi registrado um superávit de R$ 5 bilhões.
De acordo com o deputado Professor Cleiton (PV), o orçamento do governo de Minas Gerais é uma “peça de ficção”. “Já que todo ano se divulga um déficit maior do que o real”, afirma Cleiton, referindo-se ao orçamento de 2024, aprovado no ano anterior pela ALMG com a previsão, feita pelo próprio Executivo, de um déficit orçamentário de R$ 6,1 bilhões. O orçamento deste ano também tem uma estimativa de déficit de R$ 7,1 bilhões.
Para ele, o anúncio feito pelo governo só comprova que Zema é um “péssimo gestor”. “Por mais que tenha superávit, o governo Zema continua assinando um atestado de incompetência e de má gestão. Como você tem um superávit e, ao mesmo tempo, um aumento de quase R$ 70 bilhões da dívida pública, não paga nada dela, não faz obras, as estradas estão abandonadas, nenhum hospital foi construído, não foi concedida reposição inflacionária para os servidores e a segurança pública está sucateada”, afirma.
De acordo com reportagem do Estado de Minas, a dívida mineira cresceu 51,3% desde janeiro de 2020, ainda no primeiro mandato de Zema, reeleito em 2022.
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Segundo o parlamentar de oposição, a previsão de rombo no orçamento tinha como objetivo pressionar o Legislativo a aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e impedir o aumento salarial do funcionalismo público.
“O governo Zema apresentou um déficit maior que o real para forçar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Sempre vendia uma situação pior do que a verdadeira, torturando os números para que dissessem o que era conveniente”, afirma.
Agora, segundo ele, o governo do estado inclui no orçamento os recursos do acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), celebrado em outubro, para elevar as receitas e ampliar o teto de gastos quando decidir aderir ao Programa de Refinanciamento das Dívidas dos Estados (Propag), que substituirá o RRF.
“Quando ele aparece com esse superávit — e foi proposital —, trata-se de uma estratégia para aumentar o teto de gastos estabelecido pelo Propag. Enquanto o RRF era interessante, os números eram um; a partir do momento em que o estado pode aderir ao Propag, eles são outros”, afirma.