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JUSTIÇA
Bolsonaro: 'Estou preparado para ouvir a campainha tocar: É a PF'
Esta é a segunda vez em duas semanas que o ex-presidente menciona o receio de ser acordado pela Polícia Federal
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30/01/2025 17:27
- atualizado em 30/01/2025 17:28
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CORREIO BRAZILIENSE
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar nesta semana sobre seu receio de ser acordado pela Polícia Federal (PF) em sua casa. Ele disse à revista americana Bloomberg, em entrevista publicada nesta quinta-feira (30/1), que o medo de ser detido pela PF não chega a afetar a qualidade de seu sono, mas que acorda em alerta.
“Eu durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h: ‘É a PF!’”, afirmou o ex-presidente, indiciado no fim de 2023 no inquérito da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
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Bolsonaro já tinha tocado no assunto na semana passada, quando começou uma série de entrevistas a canais bolsonaristas para falar sobre sua inelegibilidade e sobre o que ele chamou de “perseguição” do Judiciário.
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No dia 23, disse ao canal Fio Diário que sua passagem pela Presidência deixou traumas e que a vida de presidente não é fácil. Afirmou, também, que acordava todos os dias com a sensação de ter a PF na porta.
“Eu digo e alguns até reclamam: não é fácil a vida de presidente. (Perguntam) ‘Se é tão difícil, por que tu quer ir pra lá?’. Por que eu quero ajudar o meu país. Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da PF na porta! Qual a acusação? Não interessa!”, enfatizou.
O ex-presidente já tem três indiciamentos pela Polícia Federal. O primeiro foi no caso da fraude no cartão vacinal. Segundo a corporação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, operacionalizou um esquema de fraudes no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar o presidente e aliados em 2022.
O segundo indiciamento foi no caso das joias, em que foram imputados a ele os crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O caso, segundo a PF, consistiu na entrada irregular de joias dadas a Bolsonaro enquanto era presidente. O esquema envolveu também a venda ilegal dos itens e a atuação, mais uma vez, de Mauro Cid.