FOLHAPRESS - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiu um novo advogado para coordenar a defesa dele perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O criminalista Celso Vilardi assume a equipe, que agora conta com três profissionais, a partir desta quinta-feira (9/1).

"Já estudei o caso e vou começar a trabalhar agora. Sobre eventuais mudanças de estratégia ou algo do tipo não cabe falar por enquanto", disse.

Vilardi é um advogado criminalista renomado e professor de direito da FGV São Paulo. Ele está habituado a atuar na defesa de alvos de grandes operações da Polícia Federal. Também integra entidades como o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e atua em causas grandes, sendo advogado do Conselho de Administração das Lojas Americanas e da própria empresa.



O criminalista também atuou por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, no processo do mensalão; o empresário Eike Batista; Robson Marinho, ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo investigado pela CPI do Banestado.

Bolsonaro foi indiciado em 21 de novembro com outras 36 pessoas pela Polícia Federal na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. A apuração concluiu que o ex-presidente participou de uma trama para impedir a posse do presidente Lula (PT).

Até aqui, Paulo Cunha Bueno era quem chefiava a defesa do ex-presidente. Ele segue atuando na equipe.

A mudança é confirmada na data em que se completa dois anos dos atentados golpistas contra as sedes dos três Poderes em Brasília. O presidente Lula organizou uma agenda para lembrar o dia. Por outro lado, aliados de Bolsonaro insistem na anistia para os presos nos ataques golpistas.

Dois anos depois dos ataques, bolsonaristas mantêm discurso de que não houve tentativa de golpe e de que há prisões ou penas injustas.

Deputados e senadores do PL, partido de Bolsonaro, dizem ainda acreditar que o projeto que propõe a anistia terá andamento neste ano, apesar de o tema ter estacionado no ano passado.

Além de Bolsonaro, a lista de indiciados incluiu o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice em 2022 na chapa derrotada. Militares são maioria entre os suspeitos -25 no total.

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Também integram a lista o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, e o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno, esse general da reserva.

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