O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes por expor um e-mail da organização da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.  No entanto, o endereço é público e consta no site do evento. Moraes pediu para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comprove que foi convidado para a posse de Trump para que conseguisse permissão para participar o evento

Na decisão desse sábado (11/1), o ministro citou o endereço de e-mail pelo qual o deputado relatou ter chegado o convite.  "Eu imagino que os americanos estejam muito furiosos com o Alexandre de Moraes, porque é provável que esse e-mail aqui, agora, esteja com a sua caixa de entrada abarrotada. Espero que não, mas por que divulgar esse e-mail aqui, transformá-lo público?", disse o filho de Bolsonaro em um vídeo.

E-mail que Eduardo Bolsonaro teria recebido em convite do pai para a posse de Trump

Reprodução / STF



Ele ainda criticou o fato do endereço ter circulado na imprensa antes de ter entrado no sistema do STF. No entanto, o endereço info@T47Inaugural.com  já estava disponível no site oficial da posse,  em uma área com perguntas feitas frequentemente. 

Na decisão, Moraes questiona a origem e o conteúdo do e-mail. "O pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: "info@t47inaugural.com", e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado", afirmou.

O ex-presidente precisa da liberação de Moraes para que seu passaporte, retido desde fevereiro de 2024, seja liberado e ele possa viajar aos Estados Unidos.  Em resposta às exigências, Eduardo Bolsonaro defendeu que o convite não segue uma "formalidade rígida". No vídeo, afirmou que a mensagem é apenas um e-mail que "chega convidando" e que posteriormente é necessário preencher um formulário do Secret Service, o equivalente ao Gabinete de Segurança Institucional dos EUA.  

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Após a repercussão do caso, o advogado Fabio Wajngarten afirmou que a defesa de Bolsonaro fornecerá os documentos complementares solicitados por Moraes. Apesar disso, a expectativa é que o ministro, como em ocasiões anteriores, não libere o passaporte do ex-presidente.  

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