
Relatora da CPMI rebate Hugo Motta: 'Houve tentativa de golpe'
Na manhã desta sexta, Hugo Motta afirmou que os atentados de 8 de janeiro não foram uma tentativa golpe
Mais lidas
compartilhe
Siga noA relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de Janeiro de 2023, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), rebateu comentário do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que disse não ter havido tentativa de golpe no 8/1.
Em publicação no X nesta sexta-feira (7/2), a parlamentar afirmou que não há dúvidas da tentativa de golpe e que ofensiva contra o Estado Democrático foi orquestrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- Bolsonaro afirma que Lei da Ficha Limpa serve para 'perseguir direita'
- Bolsonaro vai a jogo de times do Rio, e torcida grita: 'Uh! Vai ser preso'
-
07/02/2025 - 20:47 Ministro libera redes sociais para Monark -
08/02/2025 - 11:27 Flávio Bolsonaro pede ao TCU afastamento de Wellington Dias -
08/02/2025 - 11:31 AGU pede ao Supremo que priorize julgamento sobre redes sociais
“Como relatora da CPMI posso atestar categoricamente: após 5 meses de investigação, de receber centenas de documentos e de ouvir dezenas de testemunhas, houve tentativa de golpe e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome”, escreveu. Eliziane ainda convidou “quem, por ventura, ainda tiver alguma dúvida”, a ler o relatório final da CPMI, publicado em outubro de 2023.
Na manhã desta sexta, Hugo Motta afirmou que os atentados de 8 de janeiro não foram uma tentativa golpe. Segundo recém-empossado presidente da Câmara, os atos foram uma “agressão às instituições” causada por “baderneiros que queriam, com a inconformidade das eleições, mostrar sua revolta”, mas que não tinham um líder ou instituições interessadas.
“Agora, querer dizer que foi um golpe, golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, declarou.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
O 8 de Janeiro provocou a destruição da Praça dos Três Poderes e foi marcado pela atitude polêmica e compassiva dos agentes de segurança contra os vândalos.
Em depoimento à CPMI, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, relatou que a PMDF, ao tentar desmobilizar o acampamento em frente ao Quartel General do Exército, se deparou com uma “linha de choque montada com blindados” para proteger os acampados.