
Sob protestos, reajuste de 5% para servidores é aprovado em Uberlândia
Sindicados que representam servidores não descartam greve e apontaram falta de diálogo com a categoria
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Siga noSob protestos, a Câmara de Vereadores de Uberlândia aprovou, nesta sexta-feira (14/2), o reajuste de 5% nos salários dos 16 mil servidores da prefeitura. O projeto foi acompanhado de outro texto que deu um ganho de R$ 50 ao vale-alimentação dos trabalhadores municipais. Os sindicatos discordaram do percentual aprovado e estudam promover uma paralisação ou mesmo um movimento de greve.
A reivindicação dos sindicatos dos Servidores Municipais de Uberlândia (Sintrasp) e dos Professores Municipais de Uberlândia (SinPMU) era o início de uma discussão de 35% de reajuste. O índice seria o adequado para recompor as perdas desde 2014, segundo a entidade.
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"Nós não fomos ouvidos ou consultados. O que é ilegal", disse a presidente do Sinstrasp Márcia Novikoff. "A lei orgânica diz que quando afeta direito de servidores e carreiras, tem que ser discutidos com entidades sindicais e eles não foram ouvidos", acrescentou o vereador Professor Ronaldo (PT), apontando vício de origem no Projeto de Lei. O parlamentar chegou a pedir vista do projeto, o que foi negado durante a votação em plenário.
O vereador Antônio Carrijo (PP), que é da base do prefeito Paulo Sérgio (PP), justificou o índice como o possível para o ano 2025. "Era o que cabia no orçamento da prefeitura neste ano, mas isso não impede que possamos dialogar a respeito", disse.
O texto com reajuste salarial foi aprovado com 23 votos favoráveis já na primeira discussão, além de 3 abstenções. A aprovação seguiu também em segunda discussão, em sessão extraordinária também nesta sexta-feira.
O reajuste de 5% cobre o índice inflacionário do país em 2024, mas não dá ganhos reais à remuneração dos servidores municipais. O vale-alimentação, que também teve um reajuste a partir de um Projeto de Lei, chegou a R$ 700 mensais. O acréscimo aprovado foi de R$ 50.
Greve
O dois sindicatos, Sintrasp e SinPMU, pretendem levar a pauta sobre o reajuste salarial para as assembleias dos servidores. "No dia 20 de fevereiro vamos convocar a assembleia. Não está descartada a possibilidade de uma paralisação ou de uma greve", afirmou a presidente do SinPMU, Gilvana Pimenta.
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No ano passado, o reajuste de 4% para os servidores de Uberlândia motivou uma greve na cidade que durou apenas uma semana, já que a Justiça declarou que o movimento não seguiu os trâmites devidos.