
Ex-ministro demitido por Lula volta às redes: 'Quero justiça!'
Sílvio Almeida afirma que tentaram apagar a história dele, sem 'segunda chance'. Professor vai relançar livro
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Siga noSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida publicou neste sábado (15/2) um manifesto nas redes sociais sobre as acusações de assédio sexual que levaram à sua demissão do governo Lula (PT) em setembro do ano passado.
"Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem 'segunda chance'. Eu quero justiça", diz ele na publicação.
No texto divulgado em sua conta no Instagram, Almeida afirma que tentaram apagar sua história e transformá-lo em um monstro.
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"Queriam me apagar. Apagar o professor respeitado e tantas vezes homenageado pelos alunos. O advogado diligente. O companheiro, o amigo, o pai. Tentaram me transformar repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um 'abusador' de mulheres", afirmou.
As acusações contra Almeida foram realizadas pela organização Me Too Brasil. O relato envolve casos que teriam ocorrido em 2023.
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Dois inquéritos foram abertos para investigar a denúncia, um pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e outro no STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PF. A investigação, que tem o ministro André Mendonça como relator, está sob segredo de Justiça.
Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela confirmou a acusação em depoimento à PF em outubro passado. Segundo seu relato, as "abordagens inadequadas" de Almeida, como definiu, começaram no fim de 2022, quando os dois passaram a fazer parte do grupo de transição de governo nomeado por Lula antes da posse dele como presidente da República.
Almeida nega as acusações. Na época, falou que elas seriam "ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro".
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Na postagem deste sábado, ele afirma que irá retomar suas atividades públicas. Cita o retorno de seu canal no YouTube e o lançamento de uma nova edição, revisada e ampliada, de sua principal obra, "Racismo Estrutural", além do lançamento de outros quatro livros.
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"Eu vou continuar escrevendo. Eu vou continuar falando. Eu vou continuar acreditando que esse país tem jeito. Eu vou continuar acreditando no povo brasileiro. Eu vou continuar advogando em alto nível para quem pode e para quem não pode me pagar", afirmou.